CAF, CEPAL, BID e OPAS promovem equidade e desenvolvimento sustentável
19 de novembro de 2024
10 de abril de 2012
Em um comunicado conjunto, os organismos multilaterais afirmam que para alcançar esse objetivo, é preciso determinação dos governos para executar as medidas necessárias e aproveitar a oportunidade. Entretanto, eles advertem que o risco de contágio é maior para as economias menores da América Central e do Caribe, que necessitam maior apoio e atenção.
As três instituiçoes podem disponibilizar, em média, US$35 bilhões por ano às economias regionais, para apoiar o crescimento econômico com inclusão social, diz o comunicado.
Após os processos para recapitalização concluídos recentemente, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) poderá oferecer US$ 12 bilhões, o Grupo Banco Mundial (GBM) pode disponibilizar cerca de US$ 12 bilhões, enquanto o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) pode contribuir com US$ 11 bilhões, para investimentos públicos e privados.
Durante a V. Cúpula das Américas ocorrida em 2009, as três instituições, junto com outros organismos sub-regionais, prometeram e entregaram US$90 bilhões em dois anos, a fim de criar um colchão de contenção para emergências, diante da gravidade da crise financeira global.
“Na ocasião, o objetivo primordial era gerar liquidez para enfrentar crise; a situação é diferente agora”, observou o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Luis Alberto Moreno. “A América Latina enfrentou a crise de maneira exemplar e agora está melhor posicionada para lidar com as novas circunstâncias. No entanto, a complacência é nossa pior inimiga. Agora temos que enfrentar os desafios visando aumentar a produtividade e continuar no caminho do crescimento e da igualdade social”, acrescentou Moreno.
Ao longo da década passada, 73 milhões de latino-americanos ultrapassaram a linha de pobreza, a desigualdade social diminuiu e o crescimento econômico ocorreu em ritmo acelerado, graças às condições favoráveis para o comércio, estimulado pelo alto preço das commodities.
No entanto, todas as três instituições pedem aos países que retomem o crescimento e inclusão social em suas agendas, através do aumento da competitividade, do aperfeiçoamento da logística, infraestrutura e energia sustentável, da ampliação de investimentos em inovação, e da melhoria da qualidade na educação e segurança públicas.
“A América Latina tem feito avanços significativos para diminuir suas grandes diferenças sociais e econômicas, provando que uma política econômica sólida, associada à inclusão social, pode trazer oportunidades e esperança para as pessoas mais carentes”, afirmou o presidente do Grupo Banco Mundial, Robert B. Zoellick. “Para manter as conquistas sociais e econômicas adquiridas na última década, a região precisa resolver os principais gargalos para aumento da produtividade, e para que possa competir com sucesso na economia global. ”.
Além do financiamento tradicional, cada instituição oferece vantagens comparativas específicas, que se complementam e permitem parcerias, como assistência técnica e de conhecimento em áreas fundamentais para o desenvolvimento, diálogos e intercâmbios Sul-Sul/Sul-Norte e instrumentos financeiros para inovação (seguro de risco, seguro para desastres naturais, linhas de crédito, swaps, entre outros.).
“O principal desafio da América Latina é construir uma agenda integral com uma visão a longo prazo, que inclua de forma simultanea quatro temas fundamentais: estabilidade macroecômica, eficiência microeconômica, igualdade social e equilíbrio ambiental”, afirmou Enrique Garcia, Presidente Executivo do CAF. e agregou “A região deve precisa obter taxas de crescimento superiores às atuais, sendo indispensável um processo de transformação produtiva mais acelerado, maiores níveis de investimento e instituições mais sólidas”.
Os organismos multilaterais afirmam também que a América Latina é capaz de progredir com iniciativas de “crescimento verde” para alcançar melhorias econômicas e sociais. A região possuiu atualmente a matriz de energia mais limpa do mundo e é responsável por apenas 11 por cento das emissões de gases de efeito estufa, um dor fatores agravantes das mudanças climáticas, mas sofre de maneira desproporcional com suas consequências.
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19 de novembro de 2024
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