CAF, CEPAL, BID e OPAS promovem equidade e desenvolvimento sustentável
19 de novembro de 2024
Meses antes de terminar seu mandato na OEA, José Miguel Insulza conversou com Enrique García sobre as conquistas da organização sob sua gestão e os desafios que ainda continuam
23 de março de 2015
Pouco antes de finalizar seu mandato como líder da Organização dos Estados Americanos (OEA), o político e diplomata chileno José Miguel Insulza fez um balanço das conquistas mais importantes da sua gestão e, entre elas, destacou a diminuição substancial de conflitos entre os países da região e a necessidade de se propor novas políticas de combate às drogas a nível hemisférico.
Enrique García, presidente-executivo do CAF -banco de desenvolvimento da América Latina- teve a oportunidade de conversar com Insulza, que liderou a organização por uma década. O encontro foi realizado em Londres, durante a segunda edição do "Conversando com o CAF", um programa dedicado à análise de temas que impactam a América Latina.
Entre suas declarações, Insulza referiu-se à recente aproximação entre os Estados Unidos e Cuba.
"Pela primeira vez Cuba estará presente (na Cúpula das Américas); as 35 nações independentes da América vão estar aí, e isso é uma grande conquista", disse Insulza a respeito da VII Cúpula das Américas, que ocorrerá no Panamá, de 10 a 11 de abril, e será a última que presidirá como secretário-geral da OEA.
Insulza lembrou que, embora o restabelecimento das relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos fosse consolidado em 2014, a reincorporação de Cuba ao sistema interamericano já estava sendo tratada pela OEA desde 2009, quando a entidade votou por unanimidade para levantar as sanções a esse país.
Insulza e García também conversaram sobre a cooperação entre as organizações multilaterais, a problemática das drogas e o papel da América Latina no cenário mundial.
Ambos concordaram que apesar das boas relações políticas e econômicas entre os países das Américas, a falta de consenso debilita a região.
"A América Latina tem todo o potencial para ser um jogador importante a nível mundial", afirmou García. "No entanto, há muitas fragmentações nas posições sobre questões globais".
Em relação à problemática das drogas, Insulza falou sobre a importância de encontrar mecanismos mais eficazes para combater o problema a nível regional, entre os quais considerou a legalização controlada.
Em relação ao futuro da organização -à frente da qual o recentemente eleito secretário-geral Luis Almagro assumirá as funções em maio- Insulza afirmou, retomando as palavras do seu fundador, Alberto Lleras Camargo, que "a OEA vai onde os países membros queiram que vá".
Para ver o diálogo entre Insulza e García, acesse aqui o Conversando com o CAF.
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