América Latina e Caribe lançam seu primeiro grande fórum global
29 de janeiro de 2025
Meses antes de terminar seu mandato na OEA, José Miguel Insulza conversou com Enrique García sobre as conquistas da organização sob sua gestão e os desafios que ainda continuam
23 de março de 2015
Pouco antes de finalizar seu mandato como líder da Organização dos Estados Americanos (OEA), o político e diplomata chileno José Miguel Insulza fez um balanço das conquistas mais importantes da sua gestão e, entre elas, destacou a diminuição substancial de conflitos entre os países da região e a necessidade de se propor novas políticas de combate às drogas a nível hemisférico.
Enrique García, presidente-executivo do CAF -banco de desenvolvimento da América Latina- teve a oportunidade de conversar com Insulza, que liderou a organização por uma década. O encontro foi realizado em Londres, durante a segunda edição do "Conversando com o CAF", um programa dedicado à análise de temas que impactam a América Latina.
Entre suas declarações, Insulza referiu-se à recente aproximação entre os Estados Unidos e Cuba.
"Pela primeira vez Cuba estará presente (na Cúpula das Américas); as 35 nações independentes da América vão estar aí, e isso é uma grande conquista", disse Insulza a respeito da VII Cúpula das Américas, que ocorrerá no Panamá, de 10 a 11 de abril, e será a última que presidirá como secretário-geral da OEA.
Insulza lembrou que, embora o restabelecimento das relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos fosse consolidado em 2014, a reincorporação de Cuba ao sistema interamericano já estava sendo tratada pela OEA desde 2009, quando a entidade votou por unanimidade para levantar as sanções a esse país.
Insulza e García também conversaram sobre a cooperação entre as organizações multilaterais, a problemática das drogas e o papel da América Latina no cenário mundial.
Ambos concordaram que apesar das boas relações políticas e econômicas entre os países das Américas, a falta de consenso debilita a região.
"A América Latina tem todo o potencial para ser um jogador importante a nível mundial", afirmou García. "No entanto, há muitas fragmentações nas posições sobre questões globais".
Em relação à problemática das drogas, Insulza falou sobre a importância de encontrar mecanismos mais eficazes para combater o problema a nível regional, entre os quais considerou a legalização controlada.
Em relação ao futuro da organização -à frente da qual o recentemente eleito secretário-geral Luis Almagro assumirá as funções em maio- Insulza afirmou, retomando as palavras do seu fundador, Alberto Lleras Camargo, que "a OEA vai onde os países membros queiram que vá".
Para ver o diálogo entre Insulza e García, acesse aqui o Conversando com o CAF.
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