CAF, CEPAL, BID e OPAS promovem equidade e desenvolvimento sustentável
19 de novembro de 2024
O Relatório de Economia e Desenvolvimento do CAF, RED 2013, enfatiza o papel do empreendedorismo no desenvolvimento da região.
Ressalta a criação de empresas que produzem aumentos sustentados de emprego e produtividade.
As experiências mais bem sucedidas sugerem que as políticas públicas devem levar em conta a heterogeneidade da população empresarial e adotar um enfoque multidimensional que integre talento empresarial, formação profissional, inovação e financiamento.
10 de julho de 2013
(Caracas, 9 de julho de 2013)- "A região deve construir, com base em suas vantagens comparativas, grandes fortalezas competitivas para promover uma maior transformação produtiva acompanhada de igualdade social", disse Enrique García, presidente executivo do CAF - Banco de Desenvolvimento da América Latina, ao apresentar a nona edição do Relatório de Economia e Desenvolvimento (RED), publicação que nesta nova versão se intitulaEmpreendedorismo na América Latina: da subsistência à transformação produtiva.
"Nesse sentido, a região deve adotar políticas que permitam aproveitar, de maneira sustentável, a abundância relativa de certos fatores - no caso da América Latina, os recursos naturais - para, a partir deles, promover um processo de transformação produtiva", continuou García. "O RED 2013 tem como objetivo colaborar para o entendimento desta necessidade de contribuir para a formulação de políticas que impactem positivamente na geração de emprego e produtividade das economias da região".
O estudo mostra a baixa produtividade agregada na região através
de uma rede caracterizada por uma enorme quantidade de
empreendimentos unipessoais e microempresas, e uma falta de
estabelecimentos médios e grandes que são capazes de gerar empregos
de qualidade e aumento da produtividade.
"O relatório ressalta a relação que existe entre a restrição do
crescimento de empresas dinâmicas e a abundância de empreendimentos
de subsistência", disse o titular do CAF. "Ambos os fenômenos estão
intimamente ligados e reconhecer este vínculo é crucial no momento
de formular políticas públicas a favor do empreendedorismo".
Muitos empreendimentos, mas com pouco potencial
produtivo
A América Latina caracteriza-se por uma alta taxa de
empreendedorismo entre sua população ativa, mas 75% dos
empreendedores da região são, na realidade, microempresários (donos
de negócios com menos de cinco empregados) que empregam cerca de
40% dos trabalhadores assalariados do setor privado.
Em outras palavras, as microempresas são muitas e empregam uma
fatia bem grande dos trabalhadores da região, embora quase todos em
condições informais. Esta situação destaca um importante contraste
entre a América Latina e as nações mais desenvolvidas: na região,
as empresas são menores ou se criam menos empresas com alto
potencial de crescimento.
A pesquisa realizada pelo CAF - que serve de base para o RED 2013 - sugere que este fenômeno não responde a uma menor capacidade para empreender de parte da população latino-americana, mas que na região existe um fluxo maior de novos empreendimentos que surgem como uma via de escape do desemprego, faltando-lhes, desde sua criação, o potencial produtivo e de crescimento.
O Relatório promove, então, a necessidade de favorecer o
empreendedorismo produtivo e sustentável através de políticas
públicas que entendam a heterogeneidade da população empreendedora
e tenham um enfoque multidimensional que integre talento
empresarial, laboral, inovação e financiamento.
Os capítulos do RED 2013 são:
Para ver o RED 2013clique aqui.
Para ver o resumo no Focus América Latina clique aqui.
19 de novembro de 2024
19 de novembro de 2024
19 de novembro de 2024