Enrique García defende que América Latina aumente sua taxa média de investimentos

Segundo o presidente-executivo da CAF, a América Latina deve elevar sua taxa média de investimento como forma de assegurar que a economia se expanda acima dos 6% de maneira sustentada

20 de março de 2012

(Montevidéu, 20 de março de 2012) A América Latina deve elevar sua taxa média de investimentos como forma de assegurar que a economia atinja crescimento acima de 6%, continuamente, requisito chave para se chegar a um produto per capita equivalente aos dos países industrializados e para reduzir drasticamente os elevados níveis de pobreza, marginalidade e desigualdade ainda observados na região.

Foi o que defendeu Enrique García, presidente-executivo da CAF, banco de desenvolvimento da América Latina, no evento “Modelos de Desenvolvimento na América Latina: Busca de Convergências e Complementariedades”, realizado na sede da Associação Latino-americana de Integração (ALADI), localizada em Montevidéu, no Uruguai.

“A média de investimento na América Latina não passa de 22% do PIB. Se quisermos crescer a uma taxa de 6 ou 7%, teremos que investir continuamente um valor de 27 ou 28% do PIB”, declarou García durante sua palestra.

García também deu especial ênfase na necessidade de se aumentar fortemente o investimento em infraestrutura. Neste sentido, ele deu o exemplo da Ásia, onde se investe em média 10% do PIB somente em infraestrutura, enquanto que esta taxa não chega a 3% na América Latina. “Temos que investir ao menos 6% do PIB”, defendeu.

Outro elemento destacado pelo presidente-executivo da CAF foi a necessidade da destinação de recursos para a educação. “A educação é a conexão entre o crescimento econômico e a igualdade social, porque é a maneira de oferecer oportunidades para a juventude desde a infância”, explicou.

No âmbito político, García afirmou que se devem alcançar consensos internos para a elaboração de agendas de longo prazo, ja que as ações a serem implementadas para a concretização de avanços substanciais no crescimento e desenvolvimento dos países transcendem várias administrações de governo. “São agendas de 15 a 20 anos”, apontou.

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