CAF, CEPAL, BID e OPAS promovem equidade e desenvolvimento sustentável
19 de novembro de 2024
O CAF, em conjunto com o Ministério do Comércio Exterior, apresentou o Relatório de Economia e Desenvolvimento 2021, que analisa o uso limitado do espaço regional como complemento a uma estratégia de expansão global das exportações e propõe três áreas de atuação a serem priorizadas: facilitação do comércio, infraestrutura física e integração produtiva.
15 de julho de 2022
Nos últimos 30 anos, a maioria dos países latino-americanos implementou políticas de abertura comercial, tanto unilateralmente, multilateralmente e no âmbito de acordos comerciais regionais e extrarregionais. Tais políticas resultaram na redução das barreiras tarifárias e não tarifárias, gerando aumentos nos níveis de comércio e investimento, que, em média, têm estado abaixo do esperado.
O desempenho do Equador nessa área foi semelhante ao da região em termos de abertura comercial no período 1980-2019, em que o percentual do PIB passou de 32% para 44%, em linha com o desempenho modesto da região em geral, de 52% para 62%.
Estas são algumas das descobertas do Relatório de Economia e Desenvolvimento do CAF (RED2021), intitulado “Caminhos para a integração: facilitação do comércio, infraestrutura e cadeias globais de valor”, apresentado no Equador com discurso de abertura de Jorge Arbache, vice-presidente para o Setor Privado do CAF, e Julio José Prado, ministro do Comércio Exterior, Produção, Investimento e Pesca.
“O Equador é um país com capacidade empreendedora, talento, riqueza natural e potencial para se integrar economicamente com a região”, afirmou Jorge Arbache, acrescentando que o comércio e o investimento são os canais mais adequados para atingir esse objetivo. Nesse sentido, ressaltou que o relatório apresentado pelo CAF inclui ideias abrangentes, mas em um quadro prático para apoiar políticas públicas e privadas com vistas a melhorar aspectos relevantes, como produtividade, comércio, competitividade, renda e emprego nos países latino-americanos.
Por sua vez, o ministro Prado enfatizou a contribuição da publicação do CAF como insumo para o desenvolvimento de estratégias e ações em torno da nova dinâmica que o comércio exterior está vivendo. Além disso, comentou o trabalho realizado pelo Ministério do Comércio Exterior, Produção, Investimento e Pesca por meio da Estratégia Equador Compite, que busca priorizar uma agenda que expanda a competitividade do país, por meio de três eixos estratégicos: Equador Produtivo, Equador Global e Equador Inova.
”Embora a assinatura de inúmeros acordos de livre comércio na América Latina e no Caribe tenha possibilitado a eliminação de tarifas, o que implica que quase 85% do comércio não está sujeito a esses impostos, na região, assim como no Equador, o desenvolvimento do comércio foi moderado, explicado principalmente por um baixo nível de comércio intrarregional>”, afirmou Lian Allub, economista-chefe da Diretoria de Pesquisa Socioeconômica do CAF e que apresentou o relatório durante o evento.
Allub, comentou que o Equador tem espaço para melhorias em termos de facilitação de comércio, particularmente nas dimensões de cooperação com agências fronteiriças internas e externas, disponibilidade de informações ou processos de apelação e em relação à infraestrutura de transporte, especialmente aquela ligada ao comércio internacional. Sobre a promoção da integração produtiva, destacou que a simplificação e a harmonização das regras de origem e a atração de investimento estrangeiro direto poderiam impulsionar a integração do país em cadeias de valor regionais e globais.
Juntamente à apresentação do relatório, foi desenvolvido um painel de especialistas com a participação de Gabriela Sommerfeld, CEO da Equair; Roberto Salas, secretário técnico de Parcerias Público-Privadas e Gestão Delegada; Nathalie Cely, presidente-executiva do Centro de Competitividade e Inovação; Pablo Campana, diretor-presidente da Millenium S.A.; e Sergio Guerra, economista-chefe da Diretoria de Estudos Macroeconômicos do CAF, como moderador.
Os palestrantes concordaram que o Equador tem grandes oportunidades de negócios em vários setores, como o agronegócio, e que transformar o sistema logístico é essencial para alcançar maior competitividade. Da mesma forma, ratificou-se a importância de se ter estratégias de cluster, agendas público-privadas, políticas públicas de longo prazo e planos de melhoria em que a academia, o setor produtivo e, em particular, os governos autônomos descentralizados contribuam a partir de sua visão de território.
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