CAF, CEPAL, BID e OPAS promovem equidade e desenvolvimento sustentável
19 de novembro de 2024
O Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) participou de um café da manhã de trabalho organizado pela Câmara Oficial Espanhola de Comércio, Indústria e Navegação.
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Especialistas em gestão empresarial assinalaram que é importante que as empresas tenham políticas para gerenciar os riscos que envolvam, de forma transversal, todos os seus membros, e concordaram que sua correta aplicação pode gerar boas oportunidades de negócios, como visto no café da manhã de trabalho “O risco empresarial como um elemento fundamental na gestão e venda de empresas e projetos”, que contou com a participação do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF).
Durante o evento, organizado pela Câmara Oficial Espanhola de Comércio, Indústria e Navegação do Uruguai, Germán Ríos, diretor representante do CAF no Uruguai, assinalou que o conceito de risco e os tipos de riscos mudaram de paradigma nos últimos tempos.
“O risco já não é visto como algo negativo, que devamos reduzir; se o usarmos bem e soubermos aproveitá-lo, ele pode agregar valor e dar vantagens competitivas às empresas”, afirmou.
Ríos fez referência à presença de novos riscos que antes não existiam para as empresas, como os de mudanças regulatórias e legais, de reputação – potencializadas pelas novas tecnologias – ambientais e sociais, que se somam aos riscos financeiros e macroeconômicos.
“O risco de hoje não é o mesmo de ontem, nem será o mesmo de amanhã. A velocidade das mudanças é tão vertiginosa que podemos montar um sistema completo de riscos hoje e perceber que esse sistema já é obsoleto amanhã. Devemos estar preparados para esse tipo de choques, a fim de ter sucessos nos negócios”, afirmou.
Finalmente, Ríos explicou como é a análise de riscos que o organismo internacional faz quando atende às solicitações do setor privado.
O executivo disse que deve-se considerar a questão institucional, conhecer a história do cliente, o grupo econômico ao qual pertence e como se desenvolve em nível corporativo. Deve-se analisar, também, a prevenção e a lavagem de ativos, e as qualificações de risco de terceiros sobre essa empresa. Além disso, é preciso avaliar as variáveis econômicas que possam afetar o negócio, o setor econômico no qual sua atividade se desenvolve e a saúde financeira da empresa. Ao mesmo tempo, Ríos destacou que o CAF presta atenção especial aos aspectos ambiental e regulamentar.
A visão do risco como oportunidade também foi abordada por Beatriz Martínez, representante do escritório Alphabeto Uruguay – Legal & Accounting Services.
“Os riscos são inerentes a todos os negócios. Não existe atividade empresarial que não envolva risco, seja qual for o tipo e o tamanho da empresa. Se não trabalhássemos com o risco, não agregaríamos valor à atividade”, disse.
A consultora acrescentou que “as empresas bem-sucedidas são aquelas que têm uma boa gestão de riscos”, e explicou quais são os aspectos a considerar.
Martínez disse que o primeiro passo para uma boa gestão de riscos é identificá-los, conhecê-los e detalhá-los. O segundo passo é a avaliação, que consiste em analisar qual a probabilidade de que esse risco aconteça e, se acontecer, qual seria o impacto que teria na organização. Como último passo, a especialista destacou a administração dos riscos: decidir o que fazer com eles, aceitá-los como parte do negócio, eliminá-los, compartilhá-los com terceiros, por exemplo, com uma apólice, ou reduzi-los com a ajuda de uma série de atividades de controle. Assinalou, também, que é importante ter um sistema de monitoramento para saber o que está acontecendo e poder agir de acordo com isso.
“A empresa deve avaliar o grau de risco que está disposta a assumir para cumprir seus objetivos. Quanto maior o risco, maior a rentabilidade, desde que o risco se mantenha controlado”, concluiu.
Sebastián Tobio, responsável pela Marsh Risk Consulting para a Argentina e o Uruguai, também participou da atividade. O especialista expressou que a administração dos riscos implica uma mudança cultural e organizacional nas empresas da região.
Tobio disse que as políticas devem ser transversais e envolver todas as pessoas da organização. Recomendou às empresas criar um mapa de riscos, além de levar em conta a Norma ISO 31000 da International Organization for Standardization, que proporciona a metodologia necessária, com princípios e diretrizes a serem implementados nos níveis estratégico e operacional das organizações.
“Não é possível alcançar nem manter a liderança transformadora sem assumir riscos. E isso deve ser feito sempre com responsabilidade”, concluiu o especialista.
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