CAF, CEPAL, BID e OPAS promovem equidade e desenvolvimento sustentável
19 de novembro de 2024
Cerca de mil líderes políticos e empresariais, analistas e acadêmicos, debatem as tendências e os desafios da América Latina, incluindo a inovação social, as eleições presidenciais e a crescente influência das mulheres na região
03 de setembro de 2014
Em seu discurso de abertura na XVIII Conferência CAF, o ex-presidente do México, Felipe Calderón, fez um chamado ao livre comércio, à abertura econômica, ao estado de direito e à competitividade econômica. Calderón foi o orador principal desta conferência de dois dias que começou na quarta-feira, dia 3 de setembro, em Washington, D.C.
Mais de mil formadores de opinião, políticos, empresários e analistas especializados em América Latina se reuniram neste evento anual para analisar os desafios e as tendências econômicas e políticas da região. O evento anual é organizado pelo CAF- banco de desenvolvimento da América Latina-, pelo Diálogo Interamericano e pela Organização dos EstadosAmericanos (OEA).
"Na América Latina existe uma luta entre o velho e o novo", afirmou Calderón ao argumentar que o futuro da região será ditado pelas economias abertas, pelo investimento privado, pelo estado de direito e pelo respeito aos direitos humanos. O ex-presidente acrescentou que os antigos modelos de protecionismo, nacionalismo e autoritarismo são uma proposta fracassada.
Calderón, que foi presidente do México entre 2006 e 2012, referiu-se à chamada "Década da América Latina" como um conceito que não se conseguiu se materializar devido à queda na demanda global de matérias-primas e à dependência das mesmas que os países da região registraram nos últimos anos. "Se o futuro da América Latina tem que mudar de direção, a região deve se concentrar menos nas matérias-primas e mais nos produtos de valor agregado", disse Calderón.
O ex-presidente do México concluiu seu discurso de uma hora de duração afirmando que se os países apostam em economias competitivas, assim como o México e outros fizeram, "realmente teremos uma década da América Latina".
O tema das economias competitivas recebe o apoio do CAF -banco de desenvolvimento da América Latina-, um órgão multilateral de financiamento regional, que promove o conceito de "transformação produtiva" das economias latino-americanas. Este conceito baseia-se no desenvolvimento de infraestrutura, educação, inovação e desenvolvimento do setor privado para melhorar a competitividade das economias latino-americanas dentro de um contexto global.
A Conferência CAF consolidou-se como um dos pontos de encontro mais importantes para analistas e especialistas em assuntos latino-americanos.
O presidente-executivo do CAF, Enrique García, destacou os desafios que a América Latina enfrenta em matéria de desenvolvimento e a visão do CAF para aborda-los. "A região deve ter uma agenda que concilie os objetivos de estabilidade macroeconômica - sem o qual não é possível crescer -, com a busca de um maior crescimento econômico, sustentado e de melhor qualidade, que seja mais eficiente, mais produtivo, que saia das matérias-primas para produtos de maior valor agregado", afirmou García.
Michael Shifter, presidente do Diálogo Interamericano, destacou a diversidade dos temas que são debatidos este e todos os anos, assim como o nível dos participantes. "O CAF está sempre na vanguarda das questões que afetam a região", disse Shifter.
Por sua vez, José Miguel Insulza, secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, disse que os países da região devem trabalhar em conjunto, a fim de prosperar.
A XVIII Conferência CAF também aborda questões de interesse hemisférico como os desafios de Cuba, as próximas eleições presidenciais na América Latina e os últimos desenvolvimentos políticos, o futuro do setor energético, o impacto social da inovação e a crescente influência das mulheres na tomada de decisões dos países da região.
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