Melhores práticas para melhorar os serviços de saneamento na América Latina

A V Conferência Latino-americana de Saneamento reuniu mais de 1.400 pessoas, de 30 países, para dar prosseguimento ao debate regional no sentido de reduzir as lacunas de saneamento na América Latina e no Caribe

09 de abril de 2019

No contexto dos novos desafios definidos nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), durante a próxima década, muitos países da América Latina e do Caribe devem ampliar seus esforços no sentido de eliminar as lacunas quanto ao acesso à água potável e ao saneamento, especialmente para a população mais desfavorecida, concentrada, principalmente, nas áreas rural e periurbana.

Com esse objetivo, o CAF participou como parceiro estratégico na quinta edição da Conferência Latino-americana de Saneamento (LATINOSAN), realizada entre 1º e 3 de abril, na Costa Rica, com a participação de mais de 1.400 pessoas, de 30 países. A conferência, que acontece a cada 3 anos, tem contribuído para um melhor conhecimento sobre os resultados alcançados na região, as experiências bem-sucedidas e os novos desafios para o setor. Além disso, permitiu promover iniciativas e eventos nacionais e subrregionais (como CaribeSan, PeruSan e NicaraguaSan), que contribuíram para a integração entre os países da região.

A importância desses encontros é cada vez maior, considerando que a região está muito longe de cumprir as metas propostas pelos ODS, já que mais de 59 milhões de latino-americanos não têm acesso digno a saneamento e, se somarmos os que têm acesso limitado, esse número sobre para 90 milhões. As dificuldades em termos de saneamento não representam apenas um desafio para o uso doméstico, mas também para o meio ambiente, uma vez que se estima que cerca de 70% do esgoto da América Latina é derramado em rios, lagos e mares sem o tratamento adequado.

Para solucionar esse problema, e como foi destacado no programa da conferência, a participação do CAF permitiu contribuir na definição de diretrizes que visam a aprimorar as políticas públicas de seus países acionistas, priorizando investimentos e a melhora da gestão dos serviços.

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