Financiamento verde, fundamental para o desenvolvimento

Enfrentar o problema das mudanças climáticas é uma meta que não escapa às instituições financeiras. O Fórum de Financiamento Verde permitiu conhecer os projetos e o mecanismo para o acesso aos fundos verdes

24 de agosto de 2016

Como parte da terceira edição dos Prêmios América Latina Verde, o CAF - Banco de Desenvolvimento da América Latina- realizou o Fórum de Financiamento Verde, evento que congregou no mesmo lugar os representantes dos fundos internacionais mais reconhecidos, com o objetivo de explicar os mecanismos de captação de fundos para projetos.

Durante a cerimônia de abertura, Ligia Castro, diretora corporativo de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas do CAF, falou sobre os programas estratégicos que seu departamento realiza. Mencionou o trabalho da Unidade de Gestão Ambiental Institucional, que permitiu que o CAF contasse com normas ambientais internacionais para catalisar recursos de financiamento verde que permitam apoiar os projetos da região. Também comentou sobre a avaliação e o monitoramento ambiental e social de todas as operações do CAF, e citou as ferramentas com as quais a instituição conta para monitorar a execução dos projetos e, em seguida, determinar a contribuição eficaz para a redução de emissões e riscos climáticos.

Também durante sua palestra, Castro referiu-se ao trabalho do Programa de Gestão Ambiental e Social para Instituições Financeiras, o qual já treinou bancos comerciais e bancos de desenvolvimento na América Latina para que possam contar com ferramentas para avaliação e monitoramento ambiental e social das suas operações, assim como o trabalho da Unidade de Mudanças Climáticas e de negócios verdes que apoiando os países da América Latina na estruturação dos projetos que serão apresentados nos Fundos de Adaptação, GEF e GCF como Agência Executora. Finalmente, compartilhou uma frase do presidente-executivo do CAF, Enrique García, na qual afirma: "Devemos multiplicar o financiamento verde que permita frear a deterioração do planeta e passar, de imediato, do compromisso à ação".

Após a intervenção de Castro, teve início o primeiro debate da manhã, denominado "Banca de Desenvolvimento na América Latina", moderado por Mauricio Velásquez, executivo-chefe de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas do CAF, e com as participações de Rebeca Arias, diretora regional para América Latina e Caribe do PNUD; Matthieu Robin, chefe de projetos da Agência Francesa de Desenvolvimento; Milena González, profissional júnior associada do GEF (Global Environmental Facility); Marcela Ponce, assessora da Corporação Financeira Internacional (IFC); e Marisela Vega, executiva de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas do CAF.

Durante o fórum cada palestrante explicou os programas e projetos promovidos por suas respectivas instituições em países da América Latina, com o propósito de tomar medidas para apoiar o desenvolvimento de uma economia baixa em carbono e resistentes às mudanças climáticas.

Os palestrantes concordaram que a perda da biodiversidade e de florestas devido às mudanças no uso da terra e aos altos níveis de emissões de carbono e metano são alguns dos problemas mais graves que o planeta enfrenta e são uma grande ameaça para o desenvolvimento da região.

Também expressaram a importância da elaboração e execução de políticas públicas, normas, planos e projetos bem estruturados que permitam acesso ao financiamento verde aos países da América Latina e do Caribe.

Após este primeiro debate, teve início a mesa redonda "Fundos Verdes para o desenvolvimento da América Latina", o qual teve como objetivo abordar os diferentes fundos das instituições financeiras para acesso ao crédito verde.

A mesa redonda teve a participação de Sandra Abella, administradora regional do Eco Business Fund; Ana María Currea, especialista do Programa de Pequenas Doações GEF-PNUD; Rafael Alonso, gerente de New Ventures; e Katarina Zdraljevic, gerente-geral de serviços bancários do Banco ProCredit.

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