CAF, CEPAL, BID e OPAS promovem equidade e desenvolvimento sustentável
19 de novembro de 2024
Um grupo de renomados especialistas internacionais fez um apelo para o comprometimento na criação de um mercado digital latino-americano que impulsione a competitividade, fomente a integração regional e reative o crescimento econômico.
21 de junho de 2017
Uma das principais conclusões do 5º Congresso Latino-Americano de Telecomunicações, realizado em Cartagena, na Colômbia, de 20 a 23 de junho, é a necessidade de se comprometer com a consolidação de um mercado único regional que potencialize os processos de integração e contribua para que a América Latina possa competir com garantias com as economias mais fortes.
Para que este processo seja bem-sucedido e alcance um crescimento integral que inclua os cidadãos e as empresas de pequeno e médio porte, deverá estar intimamente ligado aos principais desafios enfrentados pela região, como o aumento da produtividade e da competitividade, a redução das desigualdades e a melhoria da infraestrutura digital.
Conforme destacou Mauricio Agudelo, especialista em TIC do CAF - banco de desenvolvimento da América Latina - até o momento, os esforços para a criação de um mercado regional digital têm estado sujeitos às necessidades de cada país, e não têm havido muitos incentivos para uma integração regional efetiva.
“Devemos analisar como promover o comércio eletrônico e de bens de consumo entre os países da região. Para isso, será importante analisar como os países da Ásia e do Pacífico estão desenvolvendo a economia da Internet, ou a visão da União Europeia no que diz respeito a dados, geolocalização de empresas ou economia digital”, afirmou Agudelo em um debate de alto nível organizado pelo CAF.
Existem várias iniciativas que estão impulsionando a integração digital regional, entre as quais, destaca-se a Aliança do Pacífico, embora o consenso geral seja de que, mesmo tendo registrado alguns avanços, todo o potencial implícito nos processos de integração eficientes ainda não foram alcançados.
“A missão dos países da Aliança do Pacífico é agir com um plano concreto desenvolvido para impulsionar a economia digital. A questão é como podemos nos integrar sem acentuar as lacunas em cada país e contribuir para o desenvolvimento. Isso deve ser feito através de um trabalho colaborativo entre todos os setores”, disse Luz María García, assessora da Subsecretaria de Economia do Chile.
Por outro lado, Wilson Peres, assessor econômico da CEPAL, chamou atenção para o papel protagonista das empresas no processo de integração digital, porque a regulação e o protagonismo das empresas podem ajudar a alcançar as taxas esperadas para que se tornem mais atraentes. “Estamos no caminho certo, mas agora é o momento de acelerar,” afirmou.
Santiago Pinzón, vice-presidente de Transformação Digital da ANDI, afirmou que “o principal desafio é que as alianças regionais se materializem no dia a dia dos empresários. Se não alcançarmos uma lógica de custo-benefício, nada muda para poder competir com o mundo. Precisamos de regras claras para poder competir”.
Walker San Miguel Rodríguez, secretário-geral da CAN, disse que “para as pessoas, os desafios se resumem em duas palavras: mais conectividade e interconexão. E, do lado institucional, os organismos supranacionais devem apostar em mais integração e convergência”.
Para finalizar, Oscar León, secretário-executivo da CITEL (OEA), afirmou que “é importante incluir as iniciativas propostas no evento em um documento-base de prioridades, sobre as quais devem se concentrar todos os esforços que visem à integração digital da América Latina”.
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