Como parte das comemorações de seu 50º aniversário, o CAF -banco de desenvolvimento da América Latina- reuniu líderes renomados de vários setores para trocar ideias sobre os principais desafios enfrentados na região em matéria de desenvolvimento de infraestrutura e governança digital e identificar soluções concretas para orientar políticas públicas que incidam na melhoria da qualidade de vida das pessoas, colocando o cidadão no centro da gestão do Estado.

O debate na reunião tratou sobre como a economia digital continua evoluindo a um ritmo sem precedentes e transformando a maneira como indivíduos, empresas e governos interagem. No entanto, em ambas as esferas, pública e privada, o aproveitamento desta nova economia depende cada vez mais da disponibilidade de infraestruturas de conectividade digital através da internet de banda larga, uma vez que os novos serviços exigem mais velocidade e capacidades da rede para atender à crescente demanda.

Em seu discurso de abertura, o presidente-executivo do CAF, Luis Carranza, ressaltou que “O CAF está trabalhando com vários governos para melhorar a oferta de bens e serviços públicos usando a ferramenta digital. A instituição também criou a facilidade CAF-PPI para financiar estudos de pré-investimento de integração regional; um deles é o centro IXP aqui no Panamá, que será um aeroporto de dados e de conteúdo que reduzirá os custos em cerca de 40%, impulsionando o desenvolvimento de investimentos públicos e privados para o benefício dos cidadãos. A terceira aposta que o CAF está liderando é uma aliança estratégica para levar a internet às populações rurais e, assim, fechar a lacuna de 100 milhões de pessoas que não têm acesso à internet na América Latina. Começamos no Peru com uma cobertura de 4 milhões de pessoas até 2021”.

O ministro de Comércio e Indústrias do Panamá, Ramón E. Martinez de la Guardia disse, durante seu discurso: "Quero expressar-lhes o reconhecimento da nossa equipe de governo, liderada pelo presidente Laurentino Cortizo Cohen, pelo apoio dado pelo CAF ao longo dos anos, para o desenvolvimento de projetos de infraestrutura, água e saneamento, boas práticas ambientais, relações comerciais e fortalecimento institucional, que contribuíram significativamente para o crescimento do país. As novas ferramentas tecnológicas, acompanhadas por um verdadeiro processo de transformação, serão a chave para um governo ágil e, ao mesmo tempo, inclusivo e confiável. Para esta administração, a governança digital é um compromisso com a transparência, a eficiência e a confiança dos cidadãos.  Como previsto no nosso plano de ação Unindo Forças, o Panamá precisa de uma nova Agenda Digital Nacional como instrumento para o futuro".</p >

O espaço de diálogo aberto teve um primeiro painel que abordou a discussão sobre a Infraestrutura para a economia digital, do qual participaram Nelson Guillén, o presidente do Conselho de Administração do Instituto Dominicano de Telecomunicações (Indotel); Jarret Taubman, gerente de Políticas, Conectividade e Acesso de Facebook; Maryleana Méndez, secretária-geral da Associação Interamericana de Empresas de Telecomunicações (ASIET); e Horacio Romanelli, diretor de Assuntos Regulatórios de Millicom. O painel foi moderado por Susan Castillo, jornalista da Medcom.

O segundo painel, intitulado “Desafios para a transformação digital do Estado”, abordou o desenvolvimento de estratégias e políticas públicas digitais com impacto na eficiência, eficácia e integridade do governo, bem como as que podem ajudar a ativar setores econômicos inovadores em pequenas e médias empresas – particularmente as GovTech. Os palestrantes foram Luis Oliva, diretor-geral da Autoridade Nacional para a Inovação Governamental (AIG) do Panamá; Sara Carrasqueiro, membro do Conselho de Administração da Agência de Modernização Administrativa de Portugal; Agostinho Almeida, diretor do Centro para a Quarta Revolução Industrial para a América Latina do Fórum Econômico Mundial; e Letícia Piccolotto, presidenta do BrazilLab, e foi moderado por Yolanda Sandoval, editora de Economia e Negócios de La Prensa.

A sessão terminou com um convite para o intercâmbio de boas práticas entre os diferentes países e setores como uma ferramenta diferenciadora para o impulso da região, destacando a importância da governança digital para incidir na melhoria da qualidade de vida das pessoas e no desenvolvimento.

 

Inauguração do centro de dados CAF

A fim de prestar um serviço mais eficiente e confiável a seus países-membros, o CAF inaugurou hoje no Panamá seu novo centro de dados principal com todas as especificações técnicas, alta disponibilidade, eficiência energética, certificações de classe mundial e uma nova arquitetura tecnológica que aumentará a eficiência operacional da instituição presente em 19 países.

Como parte do plano de modernização e transformação digital do CAF, o centro de dados gerenciará as plataformas e ferramentas de Tecnologia da Informação (TI), a infraestrutura de comunicações, segurança, computação e armazenamento, que suportam os serviços tecnológicos necessários para a operação do CAF. 

A inauguração do Centro de Dados contou com a presença de Luis Carranza, presidente-executivo do CAF; Hugo Torrijos, diretor da Unidade para o Fomento do Investimento Privado; Nahuel Ramos, diretor nacional de Tecnologia da Autoridade Nacional para a Inovação Governamental; Milena Gómez, vice-secretária nacional e diretora de Inovação Empresarial da SENACYT; e José Eduardo Bunrostro, chefe de Assuntos Econômicos da Embaixada do México no Panamá, entre outros.

”A aposta feita pelo CAF no Panamá é de longo prazo, tecnológica, de adaptação dos nossos processos e sistemas para melhor servir os nossos países, que são nossos clientes, mas também para apoiá-los em seu processo de transformação digital. É por isso que a relação estratégica que temos, por exemplo, com a Autoridade Nacional para a Inovação Governamental (AIG) do Panamá, é muito importante", disse Carranza.

O centro de dados permitirá uma simplificação da arquitetura e da administração geral de todo o sistema, a otimização operacional dos recursos humanos, a escalabilidade, a flexibilidade de crescimento, altos níveis de proteção de dados, maior capacidade de processamento e armazenamento em menor espaço físico, e a melhoria no rendimento esperado dos aplicativos.

 

 

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