Investimentos em saneamento devem se concentrar em áreas rurais

2 de 5 latino-americanos que vivem em áreas rurais não têm acesso a serviços de água potável ou saneamento

16 de março de 2016

Para diminuir a brecha de água e saneamento na América Latina é necessário que os Estados se concentrem em atender às populações mais vulneráveis, especialmente os residentes das áreas rurais, de cidades pequenas e de regiões periféricas das grandes cidades.

Este é um dos principais acordos concretizados na Declaração de Lima, assinada na IV Conferência Latino-americana de Saneamento, na qual a maioria dos países da região reafirmou seu compromisso para alcançar as metas estabelecidas em matéria de água e saneamento dentro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Quatro aspectos fundamentais que os países da América Latina devem levar em conta para alcançar uma cobertura mais ampla e de melhor qualidade destes serviços foram destacados durante o evento:

 

  • Política e Institucionalidade: é primordial identificar os desafios que a execução de políticas públicas enfrenta na América Latina e no Caribe para reduzir as brechas e as desigualdades na prestação de serviços de água e saneamento.

 

  • Modelos de gestão e financiamento: as diretrizes que sejam adotadas para a execução dessas normas devem permitir que os países da região a alcancem a universalização dos serviços com qualidade e sustentabilidade. Para isso, é necessário que se analisem as grandes tendências mundiais em urbanização, mudanças climáticas, gestão integral dos recursos hídricos e segurança hídrica.

 

  • Uso da tecnologia: nos últimos anos se registraram importantes avanços científicos que podem oferecer aos países ferramentas inovadoras para melhorar a prestação de serviços. Para incorporar estas tecnologias em futuros projetos de investimento é necessário primeiro identificar as diversas estratégias para as áreas urbanas e rurais.

 

  • Cultura da água e de saúde pública: é necessário estudar as estratégias mais eficazes para promover o desenvolvimento de comportamentos responsáveis no cuidado e preservação dos recursos hídricos, destacando especialmente o impacto do saneamento na saúde da população (com argumentos fundamentados em princípios como igualdade, direitos humanos, etnia e territorialidade).

Essas propostas visam uma melhoria nas estratégias de investimento para que avancem rumo a uma gestão integrada dos recursos hídricos, assim como um aumento na produtividade da água em seus diversos usos, o que é fundamental para garantir a sustentabilidade dos serviços de água e saneamento.

 

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