CAF, CEPAL, BID e OPAS promovem equidade e desenvolvimento sustentável
19 de novembro de 2024
Uma dezena de desenhos feitos com lápis e tinta sobre papel detalham a visão pessoal do artista a respeito da imersão do popular em cidades com influência ocidental
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Com uma precisão comparável ao funcionamento dos pêndulos de um relógio, José Ballivián, um artista visual de La Paz, criou desenhos contemporâneos com lápis e tinta, que refletem a sua visão sobre a fusão que existe na vida cotidiana entre a cultura andina e a ocidental. Estas obras serão apresentadas na exposição "Oscilación", a ser inaugurada no dia 17 de junho no Artespacio, a galeria de arte do CAF -banco de desenvolvimento da América Latina-, em La Paz.
"Na exposição será possível apreciar o conceito da oscilação que faz parte do conceito do desenho como uma ação de ida e volta, que é feita com um lápis em um espaço, guiada pelo pulso e pelo ritmo de cada artista", comenta Ballivián, que apresentará 10 trabalhos em branco e preto de vários tamanhos, realizados sobre papel Canson de 220 gramas.
A proposta expressa a integração de elementos e costumes tradicionais de culturas andinas da Bolívia a uma sociedade invadida pelo Ocidente. "São contrastes que se refletem no cotidiano; a união dessas duas culturas se resume em uma miscigenação e desejo mostrar essa fusão a partir de um ponto contemporâneo", explica o artista.
Na obra de Ballivián destaca-se o realismo das formas e figuras. "É possível encontrar pontos, linhas, texturas que dão formas às ideias que se plasmam posteriormente nos desenhos", disse.
Trajetória do artista
José Ballivián nasceu em La Paz e desde pequeno se interessou por poesia, a qual usa como uma maneira de expressão pessoal. Em 1997, começou seus estudos em Comunicação Social na Universidade Mayor de San Andrés (UMSA), onde descobriu a linguagem visual e decidiu entrar na Academia Nacional de Belas Artes "Hernando Siles" de La Paz.
De 1999 até hoje, realizou várias exposições conjuntas e individuais em espaços nacionais e internacionais. Os temas das suas obras têm como base o marginal, o popular e o mestiço, utilizando como ferramentas desenho, escultura, instalações, performance e vídeo-arte, tudo a partir de uma perspectiva contemporânea.
Ballivián trabalha como curador independente, atuando especificamente com jovens artistas para contribuir na formação artística dos mesmos; ao mesmo tempo, realiza uma pesquisa sobre performance, vídeo-arte e desenho na Bolívia.
A exposição estará aberta até 31 de julho no Artespacio CAF, localizado na Av. Arce Nº 2915 (Zona San Jorge), das 09:00 às 12:00 e das 14:30 às 18:00.
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