Lançamento da Segunda Escola de Economia - Poder Pacífico 2017. O Pacífico: um oceano de oportunidades

Em 2015, o Pacífico atingiu níveis de 33,8% de pobreza multidimensional. O indicador nacional é de 20,2%, e coloca o Pacífico como a região mais desfavorecida do país (não inclui Valle).

03 de fevereiro de 2017

Com o apoio do CAF -Banco de Desenvolvimento da América Latina- e em associação com a Faculdade de Economia da Universidade dos Andes, a corporação Manos Visibles (Mãos Visíveis) lançará, em 6 de fevereiro, no Distrito de Buenaventura, a Segunda Escola de Economia - Poder Pacífico 2017. Nesta oportunidade, mais de 270 líderes do litoral Pacífico (zonas Norte e Sul) se apresentaram para a convocatória, dos quais, após um rigoroso processo de seleção, 67 líderes de 20 municípios do litoral foram escolhidos para participar desta nova versão do programa de estudos.

"A pobreza extrema diminuiu no resto do país e aumentou no litoral Pacífico; isso destaca o domínio das economias ilegais e como os efeitos ambientais estão cobrando ações", afirma Paula Moreno, presidente da Manos Visibles. "É fundamental pensar em um modelo próprio de desenvolvimento socioeconômico do Pacífico e esta é uma oportunidade para refletir e agir".

Uma das preocupações no Pacífico é o nível de pobreza das pessoas que vivem na região. Chocó e Cauca apresentam os níveis mais altos de pobreza no país, apesar de ter a economia mais dinâmica da zona, com 9,2% de participação no PIB, e ser uma região estrategicamente localizada para o comércio exterior colombiano e para o crescimento econômico. No entanto, a ilegalidade, as consequências da violência e as dinâmicas econômicas extrativistas são fatores que afetam negativamente no desenvolvimento do Pacífico. "Não há paz sem um Pacífico próspero de forma lícita e de acordo com suas particularidades ambientais e culturais", destaca Paula Moreno. "É por isso que estamos apostando em uma formação de, com e para as pessoas da região; a economia domina a política e outros direitos dos cidadãos; por isso, essa Escola de Economia é urgente".

Esses desafios são os destaques da Segunda Escola de Economia 2017, que começa com o fórum "A economia do Pacífico: Territórios, Desenvolvimento e Construção da Paz", no dia 6 de fevereiro, das 2 a 5 p.m., no auditório Argos do Hotel Cosmos Pacífico, Buenaventura. A entrada é gratuita com a devida inscrição até o dia 30 de janeiro de 2017. Neste fórum se debaterão as perspectivas, os desafios e as oportunidades de um desenvolvimento econômico sustentável para a região do Pacífico Colombiano, no âmbito da implantação dos acordos de paz.

O evento contará com as apresentações de especialistas nacionais e internacionais em temas de economia, desenvolvimento territorial, construção da paz e inclusão. Entre os palestrantes estão: Carolina España, diretora-representante do CAF na Colômbia; Christian Asinelli, diretor de Desenvolvimento Institucional do CAF; Diego Bautista, diretor de Paz Territorial da Presidência da República; Juan Camilo Cárdenas, Decano da Faculdade de Economia, Universidade dos Andes; Pedro Víctor Guevara, Prefeitura de Buenaventura; e Paula Moreno, Presidente da corporação Manos Visibles.

"Através da Segunda Escola de Economia - Poder Pacífico, esperamos criar um interesse por parte de líderes da região e, assim, incentivar para que novas gerações de jovens queiram se formar como economistas nas melhores faculdades do país, para que, mais tarde, possam influenciar nas decisões de políticas públicas e na geração de empreendimentos e modelos de desenvolvimento apropriados para a região", afirmou o Dr. Juan Camilo Cárdenas, Decano e Professor Titular da Faculdade de Economia da Universidade dos Andes.

Por sua vez, Christian Asinelli destacou que o CAF apoia a corporação Manos Visibles desde 2015 na criação do programa de educação não formal da Escola de Economia Poder Pacífico. "Não há dúvidas de que a educação é uma das melhores ferramentas para promover o desenvolvimento e reduzir a brecha da desigualdade em nossos países", disse Asinelli. "Acreditamos que é fundamental ajudar os líderes a contar com conhecimentos atualizados e fortalecer suas habilidades, de maneira que possamos empoderar suas lideranças e que seu trabalho tenha um impacto real nestas comunidades tão necessitadas da Colômbia". Asinelli agradeceu mais uma vez a oportunidade de colaborar ativamente com o crescimento desta região através do curso de formação.

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