10 nuevos proyectos hidroeléctricos podrían generar 1.500 MW en Bolivia
10 de outubro de 2018
O investimento total da obra foi de US$ 287,53 milhões, 33% dos quais foram financiados pelo CAF, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do país e para melhorar a qualidade de vida de sua população rural.
09 de junho de 2019
No domingo, 9 de junho, foi inaugurada, no departamento de Cochabamba, a segunda fase da Usina Hidrelétrica de San José, com capacidade de geração de 69 megawatts (MW). A obra foi financiada pelo CAF -banco de desenvolvimento da América Latina- e pelo Estado Plurinacional da Bolívia, por meio do Banco Central da Bolívia (BCB). O projeto visa a atender à crescente demanda de energia do país e aumentar os níveis de confiabilidade e segurança do abastecimento elétrico futuro.
A cerimônia foi realizada no município de Colomi, na região de San José, com a presença do presidente do Estado Plurinacional da Bolívia, Evo Morales, além de autoridades governamentais, representantes do CAF, empresários de Cochabamba, parlamentares, funcionários da Empresa Nacional de Electricidad (ENDE) e moradores locais. Em seu discurso, o presidente lembrou o desafio que o governo tem de investir em energias limpas, como eólica, solar, geotérmica e, principalmente, em hidrelétricas. Morales garantiu que o país conta hoje com energia de sobra e que está se preparando para exportar.
A nova hidrelétrica San José 2 complementa a primeira fase do projeto (San José 1, de 55 MW), inaugurada no fim de 2018, e amplia a capacidade de geração de energia para um total de 124 MW, volume que será destinado ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e que equivale à cobertura de 10% da demanda doméstica de eletricidade. O custo total da obra foi de US$ 287,52, 33% dos quais foram financiados pelo CAF (US$ 94,88 milhões).
“Somos um parceiro estratégico que promove o desenvolvimento sustentável de nossos países-membros por meio de projetos como esta usina hidrelétrica geradora de energia limpa, que melhorará a qualidade de vida de mais de 700 mil pessoas e impulsionará a atividade industrial e os projetos de exportação que o país desenvolve”, afirmou a representante do CAF na Bolívia, Gladis Genua.
O Plano Otimizado de Expansão do Sistema Interligado Nacional 2012 - 2022 (POES) classificou o Projeto Hidrelétrico San José como o mais vantajoso para os interesses do país, dado o aproveitamento das águas turbinadas provenientes das centrais hidrelétricas de Corani e Santa Isabel.
Esta hidrelétrica contribui para superar as reservas de energia elétrica, conforme exigido pelas normas, e garantirá a estabilidade e a confiabilidade do sistema elétrico nacional. Além disso, permite a economia (166,7 milhões de metros cúbicos em ciclo combinado e 214,5 milhões de metros cúbicos em geração térmica) de 7,81 bilhões de pés cúbicos de gás ao utilizar menos as geradoras termoelétricas, que poderão ser direcionadas ao mercado de exportação, gerando importantes divisas para o país. A usina de San José gerará mais de mil empregos diretos e reduzirá as emissões de CO2 da região.
A obra também permite diversificar a matriz energética boliviana, incrementando os projetos de energias renováveis, e ampliar a capacidade de cobertura elétrica em todo o país, por meio do aumento da potência disponível no SIN.
A produção da hidrelétrica representa, aproximadamente, 25% da capacidade de geração hídrica, transformando o futuro complexo Corani-Santa Isabel-San José no maior da Bolívia, pois agora fornece um volume de energia próximo a 20% da capacidade de geração atual do país.
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