CAF, CEPAL, BID e OPAS promovem equidade e desenvolvimento sustentável
19 de novembro de 2024
Garantir o acesso à educação através de uma melhor infraestrutura educativa é crucial para o presente e o futuro das cidades. Esta não é uma questão pequena, já que 50% das escolas que atendem crianças de comunidades de baixa renda não contam com serviços de água potável nem eletricidade
11 de outubro de 2016
Nos últimos anos, a América Latina registrou avanços importantes no acesso à educação e aumentou os anos de formação da população. No entanto, ainda cerca de 6,6 milhões de crianças e adolescentes em idade escolar se encontram sem acesso à educação (UNESCO, 2014) e déficits significativos de cobertura continuam persistindo na formação inicial, média e superior. Isso demonstra que garantir o acesso universal continua sendo um dos maiores desafios dos nossos países, e que é necessário elaborar e colocar em prática mais e melhores estratégias que facilitem a tanto a incorporação de crianças e jovens que não frequentam a escola, como a disponibilização de espaços de qualidade.
O fornecimento de infraestrutura educativa suficiente e adequada é uma das variáveis ??mais importantes que deve ser considerada para o cumprimento deste desafio. De acordo com os dados de Terce e Serce (2013), 50% das escolas que atendem crianças dos níveis mais baixos de renda não contam com serviços de água potável nem de eletricidade. Da mesma forma, segundo os relatórios do PISA (2012), os países latino-americanos apresentam as maiores porcentagens de estudantes em escolas com infraestrutura inadequada, e ausência ou deficiências graves quanto a materiais didáticos, bibliotecas, laboratórios, equipamentos e computadores.
Para solucionar estes problemas, os países devem priorizar o investimento em construção, expansão, reabilitação e melhoria da infraestrutura educativa, assim como o fornecimento de equipamentos e tecnologia em todos os níveis, em particular para a atenção à educação infantil e média e às populações de menos recursos.
Este investimento deve ser complementado com o desenvolvimento e/ou fortalecimento de modelos e sistemas de gestão da infraestrutura escolar que melhorem o planejamento, a operação e a manutenção dos edifícios e seus recursos; aprimorem sua construção e aperfeiçoamento, assim como seu uso. Além disso, é necessário que esta infraestrutura esteja conectada com estradas e sistemas de mobilidade que facilitem o transporte de estudantes e professores das suas residências até as escolas.
Elaborar e implantar programas de infraestrutura educativa com uma visão multissetorial que considere as características das escolas e os meios físicos para acessá-las, promove o crescimento de cidades mais inclusivas, competitivas e eficientes, contribui efetivamente para o acesso à educação e melhora a qualidade de vida da população.
A partir desta perspectiva, o CAF -Banco de Desenvolvimento da América Latina- promove a construção de planos integrais de desenvolvimento urbano que inclui os investimentos em infraestrutura educativa e mapas de gestão territorial que sobreponham a localização geográfica com a oferta de serviços -atual e futura- não somente educativos, mas também de transporte e de saúde, o que contribui para o planejamento de um crescimento estratégico e ordenado das cidades e, no caso das escolas, priorizando a execução escalonada dos projetos onde a população mais necessita ou se encontra em condições socioeconômicas mais desfavoráveis.
O desenvolvimento integral das cidades requer uma visão territorial que vai além de intervenções específicas para alcançar uma verdadeira inclusão social e produtiva. Através da sua Agenda Educativa, do Programa 'Cidades com Futuro' e das políticas pró-inclusão, o CAF trabalha em estreita colaboração com as autoridades locais para incentivar este objetivo, que já tem experiências bem-sucedidas e que serão apresentadas durante a Habitat III, a conferência das Nações Unidas sobre Habitação e Desenvolvimento Urbano Sustentável, que ocorrerá em Quito, de 17 a 20 de outubro, para projetar o futuro das cidades durante os próximos 20 anos.
Os países mais educados aumentam suas possibilidades de criar soluções inovadoras perante os grandes desafios do planeta. Cidadãos mais educados têm melhores oportunidades para transformar sua realidade e o ambiente, contribuindo, assim, para a construção de sociedades mais democráticas, justas e prósperas. Isso converte a educação em um dos instrumentos mais poderosos para conseguir objetivos como a redução da pobreza, o aumento da igualdade e a inclusão social, o aumento da produtividade e o crescimento sustentado e de qualidade dos países.
19 de novembro de 2024
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