Membros do Clube de Bancos outorgam grande parte dos recursos mundiais para o financiamento sustentável

Contribuições dos membros do IDFC em 2011 totalizaram USD 89.000 milhões O grupo conta com uma alta capacidade e compromisso para canalizar, além de importantes fontes de capital privado em projetos sustentáveis

19 de junho de 2012

(19 de junho de 2012). Hoje o Clube de Bancos de Desenvolvimento (IDFC, na sigla em inglês), uma rede de 19 dos principais bancos de desenvolvimento nacionais e locais, publicou o seu mapa de Financiamento Sustentável 2011 (realizado pela consultoria Ecofys) e seu relatório interno sobre instrumentos para assegurar recursos privados para o financiamento a sustentável.

É a primeira vez que um grupo de bancos de desenvolvimento nacionais e locais, com sede na OCDE e em países que não fazem parte dela, divulga um relatório informativo tão consistente e transparente sobre o financiamento sustentável. O relatório inclui o financiamento para a mitigação das mudanças climáticas, especialmente em energias renováveis e eficiência energética, assim como para a adaptação às mudanças climáticas e outras medidas para a proteção do meio ambiente. Ele também mostra como os membros do IDFC usaram seus empréstimos e doações para aumentar o financiamento privado adicional no co-financiamento destes projetos e na estruturação de fundos para alavancar o capital privado deste tipo de financiamento.

Em 2011, os membros do IDFC comprometeram USD 89.000 milhões em financiamento sustentável e observa-se uma tendência crescente. A maior parte deste financiamento (83%) foi investida em projetos de energia renovável e de mitigação das emissões de gases de efeito estufa.

"Os bancos de desenvolvimento membros do IDFC demonstraram a sua capacidade e compromisso em canalizar grandes quantidades de seus próprios recursos em projetos sustentáveis", disse o Dr. Ulrich Schröder, presidente do IDFC e presidente do KfW (Alemanha). "Além de fluxos de financiamento das mudanças climáticas dos governos, os organismos das Nações Unidas e os bancos multilaterais de desenvolvimento, bancos de desenvolvimento nacionais e locais desempenham um papel importante no fornecimento de financiamento climático e sustentável, particularmente nos países em desenvolvimento. Estamos inovando também com a ‘engenharia de financiamento sustentável’ para aproveitar o financiamento privado adicional", concluiu.

Os estudos mostram que 66% (USD 59.000 milhões) do financiamento sustentável total para 2011 foram direcionados aos países em desenvolvimento. Os fluxos de financiamento de instituições com sede em países da OCDE a países não pertencentes à OCDE representaram USD 15.000 milhões em 2011. "Os resultados deste estudo indicam que os membros do IDFC têm a capacidade financeira e técnica para oferecer grandes quantidades de financiamento sustentável”, disse Enrique García, vice-presidente da IDFC e presidente-executivo da CAF -banco de desenvolvimento da América Latina. "Os bancos IDFC podem desempenhar um papel chave na mobilização dos atuais fluxos de financiamento sustentável, envolvendo o setor privado e participando de iniciativas como o Green Climate Fund".

Além disso, uma amostra de 16 membros IDFC mostra uma proporção crescente de compromisso de financiamentos sustentáveis, passando de 20% em 2010 para 24% em 2011, além da elaboração de programas inovadores para incentivar a participação do capital privado. "Isso indica que os bancos de desenvolvimento nacionais, locais e internacionais, em conjunto com outras organizações internacionais, têm a experiência e a capacidade de aumentar o volume do financiamento atualmente dispensado em projetos sustentáveis", disse Dov Zera, diretor da AFD (França).

O IDFC está convencido de que o financiamento sustentável terá um impacto positivo na recuperação do crescimento em todo o mundo, incentivando o fomento do investimento produtivo de forma sustentável.

Os relatórios estão disponíveis em www.idfc.org .

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