CAF, CEPAL, BID e OPAS promovem equidade e desenvolvimento sustentável
19 de novembro de 2024
Centro de cultura funcionará no histórico Casarão dos Azulejos Azuis e contou com financiamento do CAF.
29 de setembro de 2021
Celeiro de uma imensa diversidade de ritmos e sons, Salvador tem na música um de seus principais ativos culturais, que fomenta o turismo, a produção local, a exportação de canções e muitos empregos ligados a shows e eventos. A cidade é berço da bossa nova, do axé e da timbalada, entre outros tantos ritmos que quebraram paradigmas, servindo como referência para artistas nacionais e internacionais.
A história dos 472 anos de Salvador capital do estado da Bahia, se divide com a história da música brasileira. E agora essa história poderá ser contada e cantada das mais diversas formas, com a inauguração da Cidade da Música, novo museu instalado pela prefeitura no histórico Casarão dos Azulejos Azuis, no bairro do Comércio.
Foram investidos US$ 2,2 milhões na restauração do antigo prédio, financiados pelo CAF, por meio do Proquali (Programa de Requalificação Urbanística de Salvador), iniciado em 2019 e que conta com um total de US$ 60,7 milhões.
“A Cidade da Música é o primeiro edifício de um complexo ligado à cultura e à música naquela região do bairro do Comércio. Nos próximos anos, serão investidos mais US$ 20 milhões em recursos do CAF para a recuperação de outros dois edifícios localizados nas proximidades, onde serão instalados mais dois equipamentos culturais”, explica Jaime Holguín, representante do CAF no Brasil. Segundo ele, o complexo será peça fundamental para a requalificação do bairro, atraindo turistas do Brasil e do mundo.
O CAF e a prefeitura de Salvador negociam a concessão de recursos por meio de uma cooperação técnica para a definição do modelo de gestão do complexo cultural. “A ideia é buscar a melhor forma de gerir os equipamentos culturais, de maneira a garantir que as atividades sejam oferecidas ao longo dos anos, de forma financeiramente sustentável”, explica o executivo.
O prefeito de Salvador, Bruno Reis, destacou durante a inauguração do espaço, em 22 de setembro de 2021, que pela primeira vez a capital baiana ganha um espaço à altura de suas tradições culturais. “O espaço utiliza alta tecnologia para oferecer aos visitantes um verdadeiro mergulho no passado, presente e futuro da produção sonora da Bahia. Além disso, também será um centro de produção de novas linguagens musicais, com aparelhamento técnico e estúdios para promover novos movimentos”, afirmou. “Tudo isso é parte de um projeto ambicioso, que está fazendo justiça a uma das regiões mais bonitas da cidade, que abriga parte importante de nossa história”, completou.
Interatividade
Composto por quatro andares, a Cidade da Música possuí 1,9 mil m² de área e conta com uma cenografia envolvente, que leva os visitantes a uma verdadeira imersão proporcionada pelo uso da tecnologia. Para visitá-lo e acompanhar toda a informação disponível, basta usar o aplicativo criado para acompanhar cada atração do museu.
No térreo, estão hall de entrada, recepção/bilheteria, café, loja, biblioteca, midiateca, centro de pesquisa, área de infraestrutura e administrativa. Os pavimentos superiores abrigam acervos permanentes e estão sob as curadorias do antropólogo Antonio Risério e do arquiteto Gringo Cardia. No primeiro piso, os visitantes encontrarão a exposição “A Cidade de Salvador e Sua Música”, com história e novas tendências, visualizados em diversos ambientes e também em uma grande maquete interativa.
O segundo andar, por sua vez, possui na ambientação o tema da Tropicália com ilustrações gigantes de fragmentos da pintura modernista de Genaro de Carvalho. O local abriga a exposição “História da Música na Bahia” com nove cabines de vídeos, além de três salas. Uma delas é intitulada “A Magia da Orquestra” e exibe conteúdo voltado para a música clássica, mostrando como funciona uma orquestra passo a passo, quais os instrumentos a compõe e vídeo gravado com a Orquestra Sinfônica da Bahia.
O último pavimento da Cidade da Música da Bahia oferece entretenimentos educativos. Entre eles, estão três estúdios de gravação de clipes karaokê onde o visitante escolhe um fundo gráfico e, ao final, tem seu clipe pronto para postar em redes sociais. Uma estação de vídeo mostra todos os clipes que foram gravados. O conteúdo é acumulativo e dá para pesquisar quem gravou cada peça e possibilita, assim, a criação de novos movimentos musicais.
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