Negócios sociais para criar valor compartilhado na América Latina

Mais de 300 líderes empresariais, sociais, acadêmicos e governamentais participaram de oficinas, palestras e espaços de co-criação no II Encontro de Líderes Agentes de Mudança (ELAC14) para construir projetos de intraempreendimento na região e contribuir para a sociedade e para o meio ambiente

21 de agosto de 2014

O CAF -banco de desenvolvimento da América Latina- e a organização Ashoka reuniram na quinta-feira, dia 14 de agosto, mais de 300 líderes empresariais, sociais, acadêmicos e governamentais nas instalações da sede da IPADE Business School, na Cidade do México, para participar do II Encontro de Líderes Agentes de Mudança (ELAC14), a fim de incentivar um movimento de negócios na América Latina para contribuir com a sociedade e o meio ambiente.

O evento ofereceu oficinas, palestras e espaços de co-criação para construir projetos de intraempreendimento e negócios inclusivos. A lista de palestrantes incluiu Michael Brohm, do Grameen Lab, e Marina Pol Longo, da firma FSG, que falaram sobre negócios sociais e a importância da criação do valor compartilhado para se permanecer competitivo como empresa. Nas oficinas de co-criação foram discutidos assuntos setoriais, que abrangeram a agricultura e a saúde, e interdisciplinares, como o intraempreendimento e as políticas públicas.

A Ashoka é uma organização da sociedade civil que incentiva a mudança social através da promoção do empreendedorismo social.Apoia líderes empreendedores sociais (pessoas que procuram resolver os problemas sociais mais urgentes da maneira mais inovadora e com um enfoque de alto impacto sistémico) ao proporcionar recursos financeiros, apoio profissional e acesso a uma rede global. A Ashoka está presente em 70 países e tem mais de 30 anos de experiência.

Armando Laborde, diretor da Ashoka México e América Central, afirmou que o objetivo é sensibilizar, compartilhar conhecimentos, dar instrumentos e gerar sistemas híbridos de valor entre participantes e setores. "A ideia é que se traduzam em incentivos, visibilidade sobre os retornos do verdadeiro valor, novas estruturas organizacionais e de colaboração que promovam a integração da sociedade e do meio ambiente na essência dos negócios das empresas", disse Laborde.

Por sua vez, Beatriz Guillén, executiva de Inovação Social do CAF, destacou que o ELAC é mais do que um evento e sim faz parte de um movimento na região que promove o modelo empresarial com impacto social e ambiental sem deixar de maximizar os retornos financeiros. "Com este modelo queremos superar o conceito de responsabilidade social corporativa e apoiar um setor privado dirigido à construção de sociedades mais humanas e sustentáveis??", disse Guillén.

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