CAF, CEPAL, BID e OPAS promovem equidade e desenvolvimento sustentável
19 de novembro de 2024
09 de julho de 2014
A América Latina conta com as condições para universalizar o acesso a serviços energéticos e assegurar o abastecimento de energia que apoie o desenvolvimento econômico sustentável da região, devido ao seu amplo potencial de recursos energéticos.
Assim detalha o estudo Novas oportunidades de interconexão elétrica na América Latina, realizado em conjunto pelo CAF - banco de desenvolvimento da América Latina - e pela Comissãode Integração EnergéticaRegional (CIER), no qual se avalia o potencial de 12 projetos de integração energética na região que, juntos, somam mais de 10.000 quilômetros de novas linhas de energia, 6500 MW de capacidade instalada e exigem custos de investimento de USD 5 bilhões.
Para cada um dos projetos se calculou um Índice de Custo-Benefício (ICB) para ajudar a visualizar que tão desejável é o investimento para cada caso; quanto maiores os valores do índice, melhor será o projeto em termos econômicos.
Os resultados são agrupados em quatro tipos de possíveis de intercâmbio, entre os quais destacam oito projetos recomendáveis:
• Aproveitamento das economias de escala
Hidroelétrica Inambari (Peru-Brasil):embora esteja no Peru, a usina estaria localizada a apenas 260 quilômetros da fronteira com o Brasil. Tem capacidade para gerar até 2.200 MW e se poderia adicionar 90 MW mais para o aproveitamento das hidroelétricas Jirau e Santo Antônio, localizadas no Brasil, com a coordenação da gestão das bacias hidrográficas entre os operadores peruanos e brasileiros.
Hidroelétrica Cachuela Esperanza (Bolívia-Brasil):a usina tem capacidade para gerar até 800 MW. Está localizada na Bolívia, perto da fronteira com o Brasil. Além disso, tem a capacidade de adicionar 553 MW de energia firme e poderia aumentar para 614 MW.
• Segurança operacional e exportação de energia
Interconexão Bolívia-Chile:linha de transmissão de 230 kV com uma comprimento de 150 quilômetros e uma capacidade de 180 MW proveniente de uma central geotérmica na Bolívia, localizada perto da fronteira com o Chile.
• Segurança operacional e intercâmbios de oportunidade
Interconexão Colômbia-Panamá:linha de transmissão de 614 quilômetros de comprimento, incluindo um trecho submarino de 55 quilômetros com uma capacidade de intercâmbio de 300 MW no sentido Colômbia-Panamá e 200 MW no sentido contrário.
Interconexão Brasil-Uruguai:linha de transmissão de 500 Kv com uma ligação HVDC back to backdevido à diferença de frequência entre os países. O comprimento total seria de 420 quilômetros e uma capacidade de 500 MW com fluxos mistos.
InterconexãoArgentina-Paraguai-Brasil:linha de transmissão de 500 kV, 321 quilômetros de comprimento e 2000 MW de capacidade no Paraguai para conectar as usinas binacionais Yacyretá e Itaipú, permitindo a otimização operacional dos recursos energéticos.
• Aprimorar o uso da infraestrutura existente
Interconexão Argentina-Brasil (CIEN):a interconexão já existe. O objetivo é enviar energia do Brasil para a Argentina durante o inverno, sendo que a Argentina logo compense o fornecimento para o Brasil durante o resto do ano.
Troca de energia Paraguai-Argentina-Chile:a interconexão proposta oferece o envio de energia elétrica do Paraguai para o Sistema Interconectado do Norte Grande (SING) chileno, usando linhas de transmissão argentinas. A ideia é que o Paraguai aumente o fornecimento de energia para a Argentina em 200 MW através da sua usina binacional Yacyretá, e que a Argentina envie ao Chile 200 MW simultaneamente.
19 de novembro de 2024
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