O Fundo Verde para o Clima aprova o financiamento de projeto do CAF no Chile

O CAF vai gerenciar USD 49 milhões como parte do Programa de Ação Climática e Desenvolvimento de Energia Solar em Tarapacá, Chile

06 de julho de 2016

O Fundo Verde para o Clima (GCF por sua sigla em inglês) aprovou os primeiros nove projetos que serão financiados em 2016, totalizando USD 256,6 milhões, dos quais USD 49 milhões serão gerenciados pelo CAF -Banco de Desenvolvimento da América Latina- como parte do Programa de Ação Climática e Desenvolvimento de Energia Solar na região de Tarapacá, Chile.

A decisão foi anunciada pela diretoria do GCF durante a sua 13ª reunião, realizada em Seul, entre 28 e 30 de junho deste ano.

Ligia Castro, diretora de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas do CAF, destacou que o Programa de Desenvolvimento de Energia Solar no Chile, apresentado pelo CAF, é o primeiro projeto de financiamento estruturado aprovado pelo Fundo Verde na sua história. "Além disso, é a única proposta do setor privado aprovada durante a referida reunião, demonstrando o acesso bem-sucedido do CAF para um dos elementos mais inovadores do GCF, a sua Facilidade do Setor Privado", explicou Castro.

As propostas aprovadas, com seus respectivos valores e entidades que gerenciarão os recursos são as seguintes:

  • USD 49 milhões para o Programa de Ação Climática e Desenvolvimento Solar na região de Tarapacá, Chile (CAF - Banco de Desenvolvimento da América Latina)
  • USD 38,1 milhões para reforçar a resiliência à variabilidade extrema do clima dos pequenos produtores de Sri Lanka (PNUD)
  • USD 36 milhões para o Projeto de Adaptação Costeira nas Ilhas Tuvalu (PNUD)
  • USD 29,5 milhões para melhorar a resiliência das comunidades costeiras vulneráveis ??aos impactos relacionados às mudanças climáticas no Vietnã (PNUD)
  • USD 22,8 milhões para o Programa Hydromet África e fortalecimento da resiliência ao clima na África Subsaariana (BM - Banco Mundial)
  • USD 21,7 milhões para o Seguro de Economia Energética (ESI) para os investimentos privados em eficiência energética de pequenas e médias empresas em El Salvador (BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento)
  • USD 20,5 milhões para a adaptação e gerenciamento de ecossistemas em Gâmbia (UNEP - Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente)
  • USD 20 milhões para a modernização e aumento da eficiência energética de edifícios na Armênia (PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento)
  • USD 19 milhões para ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas na bacia do Mar de Aral no Tadjiquistão e Uzbequistão (BM)

"Estas aprovações marcam a metade do caminho para o GCF em 2016", afirmou o vice-presidente da diretoria, Ewen McDonald (Austrália), que também expressou sua satisfação com os resultados obtidos neste primeiro semestre do ano. "Corrigiram-se deficiências significativas em termos de políticas, temos um plano estratégico, contamos com 13 entidades credenciadas para administrar os fundos e acabamos de aprovar projetos de financiamento de mais de USD 250 milhões; estamos no caminho certo".

O Fundo Verde para o Clima mostrou-se disposto a intensificar a aprovação de novos projetos para chegar à meta de um total de USD 2,5 bilhões em todo o ano, sendo que solicitou aos países e entidades que apresentem mais propostas.

"Ainda precisamos de mais propostas ambiciosas para que haja uma mudança de paradigma", declarou o vice-presidente da diretoria, Zaheer Fakir (África do Sul).

Uma decisão importante tomada pela diretoria em Seul é a adoção de diretrizes de risco e de investimentos provisórios que ajudarão a atrair propostas com maior capacidade de incentivo e maior impacto.

O GCF foi criado em 2011 como parte das Nações Unidas para ser um instrumento de financiamento multilateral que apoie as ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas nos países em desenvolvimento.

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