CAF, CEPAL, BID e OPAS promovem equidade e desenvolvimento sustentável
19 de novembro de 2024
A cúpula de mudanças climáticas deste ano (COP 26) tem como objetivo criar um novo consenso global para aumentar os investimentos em energia renovável e acelerar o crescimento verde. Para a América Latina, os desafios são ampliar o financiamento para iniciativas de adaptação e mitigação; posicionar-se como um player de referência no mercado de carbono ainda incipiente; e apostar em soluções baseadas na natureza.
26 de outubro de 2021
Apesar do grande compromisso demonstrado pela América Latina na luta contra as mudanças climáticas, a COP 26 é chamada para aumentar a ambição de todos os envolvidos, o que colocará novas tarefas para os países da região. E a maioria deles tem a ver com a necessidade de levantar o capital necessário para lidar com iniciativas de adaptação e mitigação, a transição energética e a conservação da biodiversidade.
Em 2019, o financiamento verde na América Latina atingiu quase US$ 8 bilhões, mas a lacuna de financiamento necessária para a adaptação às mudanças climáticas foi de US$ 110 bilhões. Globalmente, os investimentos em projetos de energia precisam ser dobrados, até US$ 5 trilhões até 2030, para enfrentar o desafio de ser neutro em carbono até 2050, de acordo com a Agência Internacional deEnergia. Paralelamente, segundo o PNUMA, até 2050 precisamos investir US$ 8,1 bilhões para proteger os ecossistemas naturais e a biodiversidade.
A região também precisa ficar à frente da inevitável transição para economias limpas que o mundo experimentará nos próximos anos. A realidade mostra uma dependência generalizada de combustíveis fósseis, sistemas de produção e serviços com baixos níveis de modernização e intensivo no uso de recursos naturais.
Expectativas da América Latina e Caribe na COP 26
Diante dos objetivos da COP26, o que está em jogo para a América Latina e o Caribe? A resposta pode ser resumida em três pontos: financiamento, soluções baseadas na natureza e mercados de carbono.
CAF na COP 26
A participação do CAF na COP26 se concentrará no acompanhamento das negociações, dando recomendações para a ação climática, disseminando progressos na implementação das ações e apresentando os resultados mais importantes na estruturação de projetos climáticos. Além disso, os esforços serão coordenados com outros bancos de desenvolvimento que são membros do IDFC e bancos de desenvolvimento multilateral sobre questões de reportagem e mobilização de finanças climáticas e ação climática, e espaços de reunião serão promovidos entre as delegações latino-americanas para identificar interesses comuns e fortalecer a mobilização dos recursos de financiamento climático.
Será anunciada a Agenda Verde, instrumento norteador da gestão ambiental e climática com os países da região. A Agenda Verde é proposta como um elemento transversal, corporativo e inter-institucional articulador que promove a incorporação de soluções para o desenvolvimento com base na natureza, fornecendo facilidades para o crescimento de baixo carbono e resiliente às mudanças climáticas, que transcende indicadores de negócios e possibilita um ciclo virtuoso de financiamento verde. Operacionalmente, a Agenda Verde permite que o CAF aproveite o financiamento internacional para a região, fortalecendo seu papel catalítico.
Estes são eventos do CAF durante a COP 26:
O banco verde da América Latina
Apesar da magnitude dos desafios apresentados, a América Latina e o Caribe têm potencial para reorientar seu curso. O CAF propõe uma agenda para se tornar o banco verde da América Latina, com base no alinhamento dos setores econômicos para promover a responsabilidade social, a sustentabilidade ambiental e uma abordagem de desenvolvimento de baixa emissão e resiliência às mudanças climáticas.
Sob essa abordagem, buscamos gerar uma oferta financeira competitiva que permita que a América Latina se torne um dos principais playeres na ação climática global. Isso pode ser alcançado mobilizando recursos para financiar projetos ambientais, florestais, hídricos, climáticos, de gestão de resíduos, eficiência energética e agricultura sustentável. Esse compromisso se refletirá nas aprovações de financiamento verde, que passarão de 26% em 2020 para 40% em 2026.
19 de novembro de 2024
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