CAF, CEPAL, BID e OPAS promovem equidade e desenvolvimento sustentável
19 de novembro de 2024
22 de setembro de 2016
O CAF -Banco de Desenvolvimento da América Latina- organizou a primeira mesa redonda intitulada "Investimento Sustentável no Setor de Energia: Por que Investir na América Latina?", no Hotel Wellington de Madri, um evento cujo objetivo principal foi promover o debate entre os diversos intervenientes com experiência no setor energético da região, buscando favorecer o clima de negócios. Ao mesmo tempo, este evento serviu para identificar possíveis ações que permitam aumentar a participação, de maneira sustentável, de investimentos neste setor.
A jornada, aberta por Hamilton Moss, vice-presidente de Energia, e Guillermo Fernández de Soto, diretor para a Europa, ambos do CAF, reuniu representantes de ministérios da Energia e de diversas empresas do setor público e privado da América Latina e da Europa, que analisaram as barreiras e as oportunidades no setor de energia na região.
O vice-presidente de Energia do CAF falou sobre a importância da criação de espaços de diálogo e de encontro entre os setores público e privado com financiadores para chegar a soluções para as necessidades energéticas da região. "O CAF, como banco de desenvolvimento, não apenas colabora com financiamento, mas também com conhecimento", disse Moss, que aproveitou para insistir que "não se deve confundir a integração, algo imprescindível na América Latina, com interconexão, que é um elemento importante, mas não o único para a integração".
Guillermo Fernández de Soto, diretor para a Europa do CAF, comentou em seu discurso de abertura sobre a necessidade do investimento estrangeiro para incentivar o crescimento e o desenvolvimento dos sistemas energéticos dos países da região, assim como suas respectivas economias. "O CAF financia projetos no setor energético e de infraestruturas e tenta acrescentar conhecimento para manter o caráter de desenvolvimento e estar mais próximo do mundo empresarial e dos cidadãos, a fim de contribuir para satisfazer as suas necessidades", destacou Fernández de Soto. "A região tem a matriz energética mais limpa do mundo, mas deverá melhorar sua eficiência para competir globalmente e atender à crescente demanda local".
Por sua vez, o diretor corporativo de Assuntos Estratégicos do CAF, Germán Ríos, foi o responsável pela apresentação do panorama econômico da América Latina à plateia, destacando principalmente que, "pela primeira vez, desde os anos 80, a América Latina terá dois anos consecutivos de declínio, existem diferenças significativas no desempenho de cada país, e se deve considerar o risco de perder os lucros obtidos durante oboomdas matérias-primas: redução da pobreza e consolidação da classe média". "É imperativo ter uma visão de longo prazo e realizar uma transformação produtiva na região e empreender reformas como melhorar a qualidade da educação, fechar a brecha em infraestruturas e promover o ecossistema empresarial", disse Ríos.
Os avanços sociais e o crescimento econômico da última década aproximaram a região dos níveis das economias mais avançadas, mas também trouxeram novos desafios, como, por exemplo, de que forma é possível assegurar que todos os latino-americanos tenham acesso a serviços estáveis de energia. Esta tem sido uma questão principal abordada na primeira parte da mesa redonda, que foi moderada por Hamilton Moss, acompanhado por Fernando Lagarde, coordenador jurídico do Ministério de Energia e Minas da Argentina; Pedro Jatobá, superintendente de Operações Internacionais da Eletrobras do Brasil; Marcelo Tokman, gerente geral da ENAP no Chile; Juan José Carrasco, diretor-executivo da Comissão de Integração Energética Regional, CIER, no Uruguai; Rafael Alexandri, diretor-geral de Planejamento e Informação Energética da Secretaria de Energia do México; e Gonzalo Casaravilla, presidente da UTE no Uruguai. Durante duas horas, os participantes compartilharam com a plateia os desafios e as oportunidades que o setor energético oferece para a América Latina em geral e em seus respectivos países, em particular.
Na primeira sessão de experiências empresariais, liderada pelo diretor de Análise e Estratégias de Energia do CAF, Mauricio Garrón, destacados representantes de empresas do setor latino e espanhol partilharam seus conhecimentos. Esta sessão serviu para identificar as possíveis ações que permitam aumentar a participação, de maneira sustentável, dos investimentos no setor energético na América Latina.
Depois do almoço e de um tempo paranetworking, a segunda sessão de experiências empresariais contou com a presença das principais empresas energéticas espanholas. Nesta ocasião, o papel de moderador ficou por conta de Renny López, diretor corporativo de Projetos de Energia do CAF.
Segundo o relatório Energia: uma visão dos desafios e oportunidades na América Latina e no Caribe, a produção e o consumo energético na região deverão ser articulados com políticas sustentáveis ??e, ao mesmo tempo, envolver setores como o automotivo, o petroquímico, o agroalimentar, a mineração ou o de serviços. Deste modo, o investimento estrangeiro se apresenta como um aliado necessário. Com a implantação de iniciativas como primeira mesa redonda intitulada "Investimento Sustentável no Setor de Energia: Por que Investir na América Latina?", o CAF promove a busca da cooperação empresarial transatlântica que leve ao investimento econômico.
19 de novembro de 2024
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