CAF, CEPAL, BID e OPAS promovem equidade e desenvolvimento sustentável
19 de novembro de 2024
18 de junho de 2012
Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile e diretora executiva da ONU-Mulheres, e Enrique Garcia, presidente executivo do CAF, assinaram o acordo.
“Na América Latina, a pobreza tem rosto de mulher, de meninos e de meninas”, disse Bachelet. “A CEPAL indicou que a pobreza é 1,15 vezes maior em mulheres que em homens e a feminização da pobreza tem levado a um crescente empobrecimento material das mulheres, piorando suas condições de vida, em uma violação de seus direitos fundamentais”
Bachelet falou sobre a importância da assinatura do acordo com o CAF. “Com este acordo será possível realizar programas de apoio à mulher, particularmente na criação de pequenas e médias empresas, de acesso ao microcrédito produtivo e de educação financeira para que elas mesmas sejam agentes da luta contra a exclusão”, acrescentou. “O empoderamento econômico das mulheres é uma das prioridades para a ONU-Mulheres”.
Enrique Garcia também destacou o valor da assinatura da parceria. “O acordo que assinamos hoje faz parte da estratégia do CAF de incentivar iniciativas que promovam uma maior igualdade e inclusão social com um enfoque de gênero, seja pela criação de conhecimento ou através de um trabalho direto com as mulheres para reforçar seu capital humano e produtivo”, declarou o presidente executivo do CAF. “Desta forma, procuramos contribuir para a geração de novas oportunidades e para a redução da pobreza na América Latina”.
Estudos da região mostraram que os lares que não conseguiram sair da pobreza são, na sua maioria, chefiados por mulheres.
O acordo assinado irá incentivar o desenvolvimento de projetos que incorporem a igualdade de gênero nas dimensões sociais, ambientais e produtivas, especialmente dos setores mais vulneráveis.
Tudo isso faz parte de uma parceria estratégica entre a ONU-Mulheres e o CAF para gerar sinergias entre os setores público e privado, de cooperação multilateral e da sociedade civil, a fim de cumprir o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos latino-americanos, especialmente dos mais vulneráveis.
A ONU-Mulheres é a nova entidade da ONU para a igualdade de gênero e o empoderamento da mulher. Sua primeira diretora executiva é a ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet. Criada em 2010 com o apoio unânime de todos os governos pertencentes às Nações Unidas, a entidade iniciou suas operações em 2011 e tem atualmente um plano estratégico com cinco prioridades: combater a violência contra as mulheres; aumentar a participação política das mulheres; aumentar empoderamento econômico das mulheres; promover uma maior participação das mulheres nos processos de paz e nas transições políticas dos países em conflito e pós-conflito; e ajudar os governos em seus programas e orçamentos com perspectiva de gênero. A ONU-Mulheres trabalha para atingir esses objetivos com os governos, parlamentos, organizações de mulheres, setores acadêmico e privado, entre outros.
19 de novembro de 2024
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