Oportunidades para acelerar o desenvolvimento de um ecossistema digital regional na América Latina

Nos últimos cinco anos, a digitalização na América Latina contribuiu com USD 195 bilhões para o Produto Interno Bruto (PIB) regional, ou seja, 4,30% do crescimento acumulado, e gerou mais de 900.000 empregos por ano. Embora a digitalização esteja avançando rapidamente na região, ainda existem importantes desafios como o desenvolvimento de conteúdos locais, o desenvolvimento de aplicações para o setor produtivo e a promoção da confiança e da segurança das redes.

"A redução da brecha digital pode ser obtida através de esforços públicos e privados", disse Mauricio Agudelo, especialista em TIC e Telecomunicações do CAF, durante o fórum "Telecomunicações - Condutor da Inovação", da Casetel. "Para isso, é necessário determinar as ineficiências estruturais no ecossistema através de melhores práticas públicas e de um melhor desenvolvimento institucional".

Segundo o estudo " O ecossistema e a economia digital na América Latina", patrocinado pelo CAF, Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), o cet.la, Associação Ibero-americana de Centros de Pesquisa e Empresas de Telecomunicações (ASIET) e Fundação Telefônica, um aumento de 5 pontos no índice de digitalização levaria a um aumento de mais de 17% no índice de inovação da região.

Nesse sentido, os desafios para acelerar o desenvolvimento de um ecossistema digital local na América Latina são:

• Adotar novas práticas na inovação pública para o desenvolvimento de novos negócios

• Resolver as ineficiências da incubação privada

• Identificar as áreas de foco no desenvolvimento de produtos e serviços para alcançar a massa crítica

• Resolver as falhas de coordenação no investimento público

• Gerar estímulos para aumentar o aumento do investimento de capital de risco

• Promover o investimento dos bancos de desenvolvimento

• Resolver as lacunas de capital humano

• Desenvolver uma política industrial integrada para o desenvolvimento de indústrias digitais

• Resolver a fragmentação das instituições responsáveis pela elaboração de políticas públicas