Panamá se transforma em vitrine internacional para a análise de microfinanças

  • Cidade do Panamá foi o cenário do IV Fórum de Microfinanças da CAF.
  • O evento contou com a presença do ministro de Economia e Finanças, a ministra de da Autoridade de Micro Pequena e Média Empresa e do presidente-executivo da CAF, banco de desenvolvimento da América Latina.
  • Participaram gerentes e presidentes das instituições financeiras clientes da CAF.

20 de junho de 2011

(Panamá, 20 de junho de 2011) Sob a pergunta “O fim dos anos dourados das microfinanças?” foi realizado o IV Fórum de Microfinanças, no Hotel Sheraton da cidade do Panamá. Foi um espaço de discussão e análise organizado pela CAF, banco de desenvolvimento da América Latina, com o objetivo de potencializar o fortalecimento das microfinanças na região.

Participaram do Fórum o ministro de Economia e Finanças, Alberto Valarino, a ministra da Autoridade de Micro Pequena e Média Empresa, Gisselle Burillo, e o presidente-executivo da CAF, Enrique García. Durante dois dias de análise e discussão, participaram mais de 50 gerentes e presidentes de instituições de microfinanceiras envolvidas com a CAF de toda a América Latina e convidados especiais.

O evento faz parte da estratégia de apoio às MPMEs que a CAF promove, como um pilar essencial de sua Agenda Integral, para atingir o desenvolvimento econômico igualitário em seus países acionistas. Foi a quarta edição realizada pela CAF deste evento, no qual reúne uma ampla gama de atores relevantes do setor das microfinanças a especialistas internacionais do tema.

Em sua palestra, o ministro de Economia e Finanças disse que “fomentar o microfinanciamento não é só justiça social, mas é uma estratégia fiscal responsável. Reduzir o emprego informal e habilitar capital para a formação de micro e pequenas empresas gera empregos, aumenta a geração de tributos e reduz a carga fiscal dos problemas sociais resultantes dos baixos padrões de vida. É imperativo promover o microfinanciamento para ter nações mais produtivas, prósperas e seguras”, concluiu.

Já o presidente-executivo da CAF reiterou o compromisso da instituição financeira multilateral com o desenvolvimento do setor das microfinanças e instou um diálogo próximo com as instituições da região na busca de soluções criativas para seguir atendendo as necessidades das organizações que apóiam a gestão dos microempresários.

“Na CAF, já há mais de 15 anos, temos feito uma grande aposta ao tema das microfinanças e nos sentimos satisfeitos já que se tornou uma presença importante na região, com a participação em 14 países acionistas e em mais de 40 entidades de diversos tipos. Este apoio não só está vinculado ao crédito, mas também com inovações de produtos ou serviços e/ou cooperações para o fortalecimento das instituições microfinanceiras”, agregou García.

“Vemos com muito entusiasmo o aporte de várias instituições financeiras multilaterais ao desenvolvimento de nosso país, como é o caso da CAF que está participando no financiamento parcial do macro projeto da expansão do canal, ampliando o mercado de capitais com uma emissão importante de bônus, com uma muito boa aceitação e, nesta ocasião, no IV Fórum no Panamá, se preocupando com o tema de microfinanças, que representa uma ferramenta eficaz para criar riqueza e, assim, diminuir o índice de pobreza de nossa população vulnerável”, declarou a ministra da Autoridade de Micro Pequena e Média Empresa do Panamá.

O Fórum de Microfinanças da CAF é realizado a cada dois anos como um espaço de trabalho estratégico que envolve os especialistas do setor a nível mundial que por sua vez promovem o compromisso de ação a todos os participantes.

Esta edição do evento contou com a participação de Sanjy Sinha, diretor gerente de EDA RURAL e M-CRIL (Índia); Todd Farrington, diretor da América Latina de Symbiotics; Alex Silva, presidente do Diretório Calmeadow; Aldo Moauro, diretor-executivo de Microfinanças Rating; e Leonardo Villar, vice- presidente de Estratégias de Desenvolvimento e Políticas Públicas da CAF, entre outras personalidades do âmbito econômico internacional.

Durante os dois dias os empresários participantes avaliaram temas de relevância para o setor, entre os que se destacaram:

  • A crise das microfinanças em Andhra Pradesh (Índia): Lições para o mercado latino-americano
  • A situação das microfinanças na Nicarágua
  • Recalibrando as Microfinanças
  • O autofinanciamento rural como início da inclusão financeira
  • Governança Corporativa em microfinanças
  • Transparência em microfinanças e proteção ao cliente

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