CAF, CEPAL, BID e OPAS promovem equidade e desenvolvimento sustentável
19 de novembro de 2024
Prioridade em 2020 foi o apoio à recuperação dos impactos causados pela pandemia de Covid-19.
18 de junho de 2021
A histórica relação de parceria entre o Brasil e o CAF se fortaleceu ainda mais em 2020, um ano marcado por dificuldades impostas pela crise gerada pela pandemia de Covid-19 não só no país, mas em todo o mundo. Se por um lado o Brasil passou a necessitar de ajuda anticíclica para enfrentar as emergências econômicas decorrentes da pandemia, por outro era primordial que houvesse uma continuidade dos financiamentos para estados e municípios para obras de desenvolvimento urbano e regional e para o setor privado brasileiro, em operações voltadas para a melhoria da competitividade nacional.
Em 2020, o Brasil alcançou o maior volume de desembolsos do banco e também registrou o mais elevado número de projetos considerados “verdes” (aqueles que apresentam ações de mitigação e/ou adaptação às mudanças do clima bem como aquelas que dão valor ao capital natural).
Assim, o período foi marcado, inicialmente, pela concentração de esforços para apoiar o país na condução das medidas de combate à pandemia de Covid-19, principalmente na busca pela reativação econômica, seja, através, de operações com, sem garantia soberana ou cooperações técnicas. Em 2020, foi aprovado financiamento de US$ 350 milhões ao Ministério da Economia, para a cobertura de custos com auxílios emergenciais, e linha de crédito de US$ 100 milhões para o BDMG (Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais), destinados a empreendedores do estado em situação de vulnerabilidade pela crise sanitária.
Ainda no âmbito do apoio ao combate à Covid-19, foi concedido ao Brasil um pacote de recursos referentes à cooperações técnicas de ajuda humanitária de US$ 400 mil, destinado as cidades de Fortaleza, Porto Alegre, Salvador e São Bernardo do Campo comprarem equipamentos para o combate ao Coronavírus e US$ 50 mil para a organização não-governamental Expedicionários da Saúde, para a aquisição de concentradores de oxigênio, para populações indígenas vulneráveis da Amazônia.
Além do suporte direto ao governo federal, o CAF deu continuidade às tradicionais operações com estados e municípios, tendo desembolsado, no período, US$ 299 milhões. Foram também assinados cinco contratos de empréstimos, no total de US$ 382 milhões, com o estado de Alagoas e as cidades de São Bernardo do Campo, Mogi das Cruzes e Guarulhos.
Atualmente existem 31 operações de financiamento em andamento junto aos municípios brasileiros, em programas integrais de recuperação urbana, melhoria da mobilidade, saneamento e drenagem, saúde, educação e inclusão financeira e social. A abordagem do banco junto a municípios do Brasil faz com que hoje a instituição seja conhecida no país como o “banco das cidades”.
Junto aos estados, a estratégia do CAF é financiar, principalmente, operações de melhoria e construção de vias de transporte intermunicipal e estadual, incluindo ações de segurança vial, corredores logísticos de integração, mobilidade urbana em zonas metropolitanas e em sistemas de gestão de resíduos sólidos.
Nas operações sem a garantia soberana da União, se destaca a consolidação do apoio aos bancos e agências de desenvolvimento públicos. Até o início de 2020, somente o BDMG (Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais) era cliente do CAF. Desde então, o banco passou a atender outras três instituições de fomento local, somando US$ 340 milhões em linhas de crédito destinadas, principalmente, para financiar as pequenas e médias empresas. São eles o BNB (Banco do Nordeste), Desenvolve SP, BRDE (Banco de Desenvolvimento do Extremo Sul).
Também, em 2020, no âmbito de apoio as instituições de fomento, foi desenvolvido o serviço de gestão de dívida, onde o CAF, através de sua plataforma financeira, contrata instrumentos de cobertura cambial e de taxa de juros paras seus clientes.
Este serviço ajudou a catalisar os repasses de recursos em 2020, com a primeira operação com desembolso em reais, para a Desenvolve SP, seguida de outra para o BRDE. Completando a atuação neste segmento, segue o relacionamento com bancos privados como Santander, Banco do Brasil, Itaú e Bradesco por meio de linhas de crédito. O total de desembolsos para o segmento não soberano alcançou a marca de US$ 1,44 bilhão.
Finalmente, o Brasil recebeu, em 2020, o maior volume de recursos em cooperações técnicas desde que ingressou como sócio do CAF, em 2007, num total de US$ 5 milhões, sendo que US$ 3 milhões foram para a realização de um estudo detalhado sobre um novo modelo de concessão de ferrovias da Malha Oeste.
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