Parque Agroalimentar de Montevidéu vai melhorar a logística e a distribuição de alimentos

CAF e UAM realizaram o seminário "Desenvolvimento e alimentação. Perspectivas da Europa e da América Latina", no qual se abordaram detalhes do plano-mestre do projeto que necessitará de um investimento de USD 130 milhões

16 de setembro de 2014

O CAF-banco de desenvolvimento da América Latina- e a Unidade Alimentar de Montevidéu (UAM) organizaram o seminário "Desenvolvimento e alimentação. Perspectivas da Europa e da América Latina". O evento permitiu apresenta as experiências de ambas as regiões na distribuição de alimentos e projetos de infraestrutura e logística relacionados à cadeia alimentar. Além disso, ofereceram-se mais detalhes do futuro Parque Agroalimentar de Montevidéu, projeto promovido pela UAM que necessitará um investimento de USD 130 milhões.

A proposta do Parque Agroalimentar foi elaborada pelas empresas espanholas Mercasa e Mercabarna, as quais têm desenvolvido iniciativas similares em outras partes do mundo, a consultora Deloitte, como contraparte local, e o apoio do CAF.

"Trata-se de um projeto muito importante para o Uruguai e para o setor alimentar do país, porque não apenas melhora a logística de coleta e distribuição dos alimentos, como também impacta de forma muito positiva na segurança alimentar da população e no desenvolvimento competitivo da cadeia alimentar, permitindo que o país esteja na vanguarda em modelos de parques agroalimentares", afirmou Gladis Genua, diretora-representante do CAF no país.

Genua destacou que, nesta etapa, a instituição forneceu apoio na realização dos estudos preliminares que permitiram definir o plano-mestre do parque ao trazer importantes experiências internacionais para o Uruguai. "O sucesso deste projeto pode fazer com que o Uruguai se transforme em um ponto de referência para outros países da América Latina", disse Genua.

Por sua vez, Carlos Colacce, presidente da UAM, destacou a importância que este projeto tem para o país desde que o Estado aprovou a lei de criação da UAM. Durante seu discurso, Colacce agradeceu o CAF pela concessão de um empréstimo não reembolsável que possibilitou a contratação das empresas Mercasa, Mercabarna e Deloitte para a realização de trabalhos de consultoria que permitirão construir o plano-mestre do parque agroalimentar.

Já Mario Mondelli, diretor do Escritório de Planejamento e Políticas Agropecuárias do Ministério de Gado, Agricultura e Pesca, disse que o empreendimento vai melhorar a eficiência do processo de comercialização interna de alimentos. 

O Parque Agroalimentar de Montevidéu vai precisar de um investimento de USD 130 milhões, concentrará as atividades que atualmente são realizadas no Mercado Modelo e estará localizado no quilômetro 11.500 da Ruta 5, descongestionando o centro de Montevidéu.

A nova infraestrutura contará com 26 mil metros quadrados para o mercado atacadista de frutas e legumes, espaços destinados para a venda de outros produtos frescos, como flores, laticínios, carnes e produtos da pesca, outros espaços reservados para atividades logísticas e operações de comércio exterior, além de um centro de administração e serviços, e escritórios públicos. Estima-se que o empreendimento vai abranger 600 empresas e 800 postos de trabalho diretos serão criados. 

O seminário contou também com apresentações de Andrés de Pando, diretor internacional da Mercasa; Josep Tejedo, diretor-geral da Mercabarna; e Pablo Roselli, sócio-diretor da Deloitte, que forneceram detalhes do projeto e compartilharam experiências internacionais no setor. Outros participantes foram Rubén Barboza, secretário-geral da UAM; Antonio Sartorius, diretor do projeto para o desenvolvimento do Parque Agroalimentar do Uruguai; Pablo Vilanova, diretor de estratégia e marketing da Mercabarna; e Beatriz Aldave, do Instituto Nacional de Alimentação.

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