CAF, CEPAL, BID e OPAS promovem equidade e desenvolvimento sustentável
19 de novembro de 2024
As taxas médias de evasão fiscal na América Latina rondam 27% para os impostos sobre o consumo (IVA) e quase 50% para o imposto de renda e lucros. Quer dizer que uma em cada duas pessoas com obrigações fiscais não pagam impostos de renda e lucros.
27 de maio de 2014
A América Latina é uma das regiões do mundo mais afetadas pela falta de cumprimento das obrigações fiscais, o que afeta a capacidade dos estados nacionais e subnacionais de proporcionar bens públicos para a sociedade e redistribuir renda através de transferências e de impostos progressivos.
As taxas médias de evasão fiscal na América Latina rondam 27% para os impostos sobre o consumo (IVA) e quase 50% para o imposto de renda e lucros. Quer dizer que uma em cada duas pessoas com obrigações fiscais não pagam impostos de renda e lucros. Esta situação - comparada com nações desenvolvidas - mostra que a evasão de imposto de renda é de cerca de 16% em países como os Estados Unidos.
Diversos estudos enfatizam que o incumprimento fiscal se deve à falta de controle por parte das autoridades públicas. Uma maior fiscalização e a aplicação de penalidades e multas para os sonegadores poderiam reduzir esse tipo de comportamento. Além disso, alguns estudos sobre o assunto indicam a hipótese de que certos aspectos culturais e de reciprocidade com relação ao estado determinam a "moral fiscal" dos cidadãos, o que por sua vez afeta positivamente o cumprimento das obrigações fiscais.
Em 2013, o CAF apresentou os resultados de uma pesquisa sobre o cumprimento fiscal. A pesquisa foi realizada no município de Sucre (Caracas, Venezuela) em 2011, com base em um imposto local para as empresas. Como parte do estudo, 6.100 empresas foram selecionadas e divididas em cinco grupos de tratamento (cada grupo recebeu uma carta com informação diferente relacionada ao pagamento de impostos) e um grupo controle.
Como as empresas responderam em cada caso?
Para avaliar o comportamento se comparou o saldo fiscal de cada empresa antes e depois do recebimento das cartas (junho de 2011) com os valores correspondentes ao grupo de empresas que não receberam nenhuma informação (grupo de controle).
Em conclusão, os resultados sugerem que o controle e a fiscalização são os fatores mais promissores para incentivar um maior cumprimento fiscal, seguidos pela reciprocidade no caso em que os bens públicos beneficiem diretamente ao contribuinte. O contato da autoridade fiscal com os contribuintes é muito importante para obter um maior cumprimento fiscal. Este efeito parece ser maior nas pequenas empresas, possivelmente pela sensação de controle, detecção de falhas e punição.
19 de novembro de 2024
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