CAF, CEPAL, BID e OPAS promovem equidade e desenvolvimento sustentável
19 de novembro de 2024
No evento Biodivercidades, organizado pelo CAF e pela Prefeitura de Barranquilla, os prefeitos de sete municípios latino-americanos assinaram uma declaração para promover a integração, a preservação e a proteção da biodiversidade nas cidades da América Latina e Caribe.
01 de dezembro de 2021
A América Latina e o Caribe são uma das regiões com maior biodiversidade do planeta e, nos próximos anos, suas cidades terão de integrar os recursos naturais em seus planos urbanos para enfrentar os desafios das mudanças climáticas, promover a produtividade e modernizar a infraestrutura.
Esta é uma das principais conclusões do evento Biodivercidades, organizado pelo CAF -banco de desenvolvimento da América Latina- e pela Prefeitura de Barranquilla, no qual foi assinada uma declaração para promover a integração da biodiversidade nas cidades da região. As cidades que firmaram tal declaração foram: Barranquilla (Colômbia), Córdoba (Argentina), Lima (Peru), Luján (Argentina), Maldonado (Uruguai), Niterói (Brasil), Timbiquí (Colômbia), Ushuaia (Argentina).
Sérgio Díaz-Granados, presidente do CAF, abriu o evento, descrevendo o panorama do crescimento urbano e a importância da conservação ambiental ser o foco das ações das cidades: “A América Latina e o Caribe são, hoje, a segunda região mais urbanizada do mundo, depois da América do Norte. A taxa de urbanização era de 41%, em 1950 e avançou para 80%, em 2015. Além desta megatendência, a pobreza, o desemprego, os efeitos das mudanças climáticas e a poluição ambiental são alguns dos problemas que já se refletem em nossas cidades e que impõem uma agenda cada vez mais complexa aos governos locais no caminho do desenvolvimento”.
Díaz-Granados também indicou que sem as políticas adequadas, tais efeitos negativos serão potencializados. Por isso, é fundamental estabelecer planos de crescimento que priorizem a harmonia entre a urbanização ordenada e o respeito à biodiversidade.
O ministro do Meio Ambiente e Desenvolvimento sustentávelde Colombia, Carlos Correa, descreveu as “biodivercidades” como aquelas “que colocam no centro de seu desenvolvimento a biodiversidade, a natureza e a conexão com o ser humano. Constrói-se primeiro com as pessoas e, em seguida,, a partir disso,, constrói-se um modelo de longo prazo que tem sempre o recurso natural no centro: água, ar, árvores, solo. A partir daí se cria um novo modelo de vida e de negócio”.
Nesse sentido, o prefeito de Barranquilla, Jaime Pumarejo, pediu que as cidades ditem o ritmo da transformação que o planeta precisa, e assegurou que “nosso principal objetivo deve ser a conservação do meio ambiente, de nossas belezas naturais, sem perder de vista essa corrida e esse entusiasmo pela redução das emissões de carbono. É um chamado à ação por meio do nosso exemplo para que o resto do mundo sinta pena de não dar esse passo que estamos dando”.
O evento contou com três palestras, nas quais os prefeitos de diferentes cidades da região, em um exercício de transferência de conhecimento e reflexão sobre as medidas que os governos locais podem implementar hoje para gerar uma transformação no futuro.
Neila Yadira Anu, prefeita de Timbiquí (Cauca) foi uma das palestrantes. A governante manifestou que o município trabalham para potencializar sua cadeia produtiva a partir da sustentabilidade. “Foi assim que desenvolvemos apostas importantes, como a usina de beneficiamento de coco, porque depois de Tumaco, meu município é o maior produtor dessa fruta. Dessa forma,, buscamos que o crescimento das potencialidades de que dispõe nosso território possam andar de mãos dadas com o crescimento verde”, afirmou.
Após a apresentação de casos de sucesso em nível local de diferentes países da América Latina e Caribe, que mostram que o desenvolvimento baseado na sustentabilidade gera mais emprego, prosperidade e equidade, os prefeitos presentes assinaram a declaração conjunta para as Biodivercidades, que marca um roteiro por meio do qual se integra o crescimento econômico e o respeito ao recurso mais valioso da região: a biodiversidade.
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