Presidente do Panamá inaugura Fórum Econômico Internacional ALC 2025

No chamado "Davos latino-americano", um evento organizado pelo CAF e WIP com o apoio do PRISA, o presidente panamenho defendeu um Estado que garanta oportunidades sem impedir iniciativas privadas, enfatizando a inovação, a tecnologia e a eficiência.

29 de janeiro de 2025

O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, inaugurou a primeira edição do Fórum Econômico Internacional América Latina e Caribe, ao lado de Sergio Díaz-Granados, presidente executivo do CAF - banco de desenvolvimento da América Latina e Caribe - e Joseph Oughourlian, presidente do Grupo PRISA.

Tomando como referência a questão central do fórum — Como retomar o caminho do crescimento? — Mulino afirmou: “Temos o enorme desafio de garantir um Estado presente, porque nem tudo pode ficar à mercê do mercado, mas, ao mesmo tempo, deve ser um Estado que não atrapalhe, que garanta oportunidades, mas que também não seja um obstáculo para as iniciativas privadas.

Durante sua intervenção, o chefe do Executivo panamenho agradeceu a iniciativa do CAF que, “com sua visão de fortalecer as economias dos países da região, escolheu o Panamá” para sediar permanentemente o Fórum, com o objetivo de promover o diálogo e gerar ideias para o desenvolvimento econômico e comercial sustentável, “marcando um marco histórico na região”. Além disso, o governante reconheceu o CAF como uma instituição multilateral de referência.

“Estou convencido de que este fórum regional é o cenário ideal para fortalecer os laços de amizade, mas, acima de tudo, para encontrar e expandir mecanismos que impulsionem a economia e a prosperidade da América Latina e do Caribe”, concluiu o presidente panamenho, sob uma ovação de pé do público presente.

O presidente executivo do CAF, Sergio Díaz-Granados, destacou o histórico integracionista da região: “Dois séculos atrás, primeiro na célebre Carta da Jamaica e depois na convocação do Congresso Anfictiônico, Simón Bolívar concebeu o Panamá como o local ideal para reunir líderes e discutir os grandes interesses da região e sua relação com o mundo. Hoje, reafirmamos essa visão com nossa presença. A Ponte das Américas, que se destaca imponente diante deste Centro de Convenções, representa a história de um sucesso coletivo.”

Díaz-Granados ainda ressaltou: “Viemos ao Panamá para reafirmar nosso compromisso com o país, com o istmo e com a região. Fazemos isso porque o istmo não apenas conecta geografias, mas também culturas, além de contar com uma logística de classe mundial. No CAF, aspiramos a nos tornar outra ponte para as Américas e estamos entusiasmados com a construção e o avanço do nosso hub de negócios no Panamá.”

A cerimônia de abertura também contou com a participação de Joseph Oughourlian, presidente do Grupo PRISA, que questionou: “O que falta aqui? Este continente tem tudo. Temos todos os recursos em todas as áreas”, ressaltando que “na comunidade financeira, a América Latina é reconhecida como uma região rica em commodities e com uma força de trabalho de alta qualidade.”

No primeiro dia do Fórum, participaram expositores de 15 países, além de líderes regionais e globais, incluindo Santiago Peña, presidente do Paraguai; Matteo Renzi, ex-primeiro-ministro da Itália; Helle Thorning-Schmidt, ex-primeira-ministra da Dinamarca; Rebeca Grynspan, secretária-geral da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD); e Andrés Allamand, secretário-geral ibero-americano, entre outros.

 

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