CAF, CEPAL, BID e OPAS promovem equidade e desenvolvimento sustentável
19 de novembro de 2024
CAF , BID e CEPAL organizaram uma oficina para examinar a importância da governança corporativa sobre a emissão da dívida, tema importante paraa expansão empresarial na região.
13 de junho de 2014
(Lima, junho de 2014).- Destacados especialistas participaram de
uma oficina internacional organizada pelo CAF - banco de
desenvolvimento da América Latina-; pela Comissão Econômica para a
América Latina e o Caribe (CEPAL) e pelo Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID), a fim de analisar a importância da
governança corporativa como uma ferramenta para mitigar o risco das
empresas na emissão de títulos de dívida, assunto de grande
importância, pois o crescimento dessas emissões dos últimos anos
abre uma grande oportunidade de financiamento para a expansão
empresarial nos países da região.
O evento foi inaugurado por Eleonora Silva Pardo,
diretora-representante do CAF no Peru; Fidel Jaramillo Buendía,
diretor do BID no Peru, e Georgina Núñez, Oficial de Assuntos
Econômicos da CEPAL em Washington DC.
Na cerimônia de abertura do evento, Silva Pardo destacou que a
análise realizada no âmbito desta oficina não apenas é relevante
para o crescimento sustentado da emissão de títulos de dívida
corporativa nos últimos anos, incluindo tanto as grandes como as
médias empresas latino-americanas, mas sim porque os países
analisados ??fazem parte de iniciativas como o MILA e a Aliança do
Pacífico.
Neste sentido, destacou a importância de uma boa governança corporativa em circunstâncias de emissão de dívida para uma maior diversificação em fundos, ferramentas de investimento, competitividade, posicionamento em relação aos concorrentes e em cadeias de valor, aumento na liquidez e no desempenho das companhias.
"A emissão de bônus de uma companhia com boas práticas de governança corporativa torna o processo mais controlado, eficiente, transparente e aumenta o nível de confiança geral", declarou Silva Pardo. "Criar maior confiança no mercado de capitais e desenvolver a governança corporativa de cada companhia são pilares para fortalecer nossas economias".
Por sua vez, o diretor do BID no Peru, Fidel Jaramillo Buendía, referiu-se ao árduo trabalho do CAF e da CEPAL a respeito deste assunto, indicando que esses esforços deram como resultado o Código Latino-americano de Governança Corporativa, elaborado pelo CAF, o qual inclui um conjunto de práticas e normas básicas que garantem um melhor uso dos recursos nas empresas, contribui para uma maior transparência e atenua os problemas de informação assimétrica que caracteriza os mercados financeiros.
"A aplicação destas práticas vai permitir que as empresas da região alcancem determinados padrões de governança corporativa comparáveis ??aos reconhecidos nas economias mais desenvolvidas", disse Jaramillo Buendía. "Analisando os problemas que surgem em outros países, a América Latina está agora mais madura e foram feitos esforços para entregas mais confiáveis e os órgãos supervisores fizeram um grande esforço no tema", continuou. "Estas iniciativas são fundamentais para ter uma região com maior competitividade e maior bem-estar para os latino-americanos".
Como parte desta oficina se apresentou o projeto de pesquisa
"Governança Corporativa no Peru e no Chile", estudo que é a
continuação do trabalho conjunto realizado pela CEPAL, pelo CAF e
pelo BID, "Governança Corporativa e Desenvolvimento de Mercado de
Capitais na América Latina", o qual teve como objetivo analisar o
marco regulatório relacionado com os princípios de Governança
Corporativa na região e sua contribuição para o desenvolvimento dos
mercados de capitais.
O consultor internacional Germano Mendes de Paula, da
Universidade Federal de Uberlândia, no Brasil, foi responsável pela
introdução ao projeto de uma métrica que identifica o papel da
Governança Corporativa na determinação do risco nas emissões de
dívida, assim como o papel dos investidores institucionais, banca
de investimento e agências de qualificação no fortalecimento destas
práticas em empresas que emitem títulos de dívida.
Por sua vez, Jorge Echeandía, gerente-geral da consultoria Huddle Peru, comentou sobre a estrutura organizacional da governança corporativa no Peru (Assembleia Geral, Conselho de Administração, Comitês Especializados de Risco, Auditoria, Financeiro e Investimentos) e outros órgãos de governança. Além disso, expôs sobre os resultados na aplicação do indicador de governança corporativa em empresas locais que emitiram dívida no mercado de capitais.
Durante a jornada se analisou a problemática geral e os
principais objetivos do projeto. Além disso, através do painel de
comentaristas, foram analisados os resultados enfatizando a
importância da boa Governança Corporativa nas emissões de dívida e
o papel das agências qualificadoras, investidores institucionais e
a banca de emissão, levando em conta o contexto local.
Carlos Rivero e Gerardo González, representantes da Superintendência de Mercado de Valores, e Procapitales, respectivamente, foram os responsáveis ??pelos comentários finais da oficina, a qual foi encerrada pelo gerente-geral da Bolsa de Valores de Lima, Francis Stening.
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