Promovemos a construção de dois parques eólicos no Peru, juntamente com a Grenergy e o ICO

Este “Project Finance” inclui o financiamento da dívida sênior sem recurso – que está ligada unicamente ao ativo e limita o risco para o devedor, liderado e estruturado pelo CAF, e é o primeiro projeto de energias renováveis que o ICO financia no Peru. A Sinia Renovables, empresa especializada em projetos energéticos cujo capital controla integralmente o Banco Sabadell, ainda entra em ambos os parques com uma participação de 10%.

Os parques eólicos Duna e Huambos, que terão uma potência instalada de 36,8 MW, venderão a energia produzida por um período de 20 anos ao Ministério de Energia e Minas do Peru, a um preço entre US$ 36,8 e 37,7 por MWh, para uma produção anual estimada de mais de 165.000 MWh.

Ambos os parques estão localizados em Chota, província de Cajamarca, a mais de 2.400 metros acima do nível do mar, e serão construídos pela SIEMENS GAMESA, sendo o primeiro na Sierra del Perú, um lugar geograficamente estratégico por suas condições meteorológicas excepcionais para a geração deste tipo de energia, possuindo cerca de 5.000 horas líquidas de vento por ano.

O início das suas operações – previsto para o fim do segundo trimestre de 2020 – faz parte do ambicioso plano do governo peruano de atender 60% da demanda de energia do país usando energia limpa até 2025 e de levar eletricidade até regiões de difícil acesso. Precisamente para este fim, convocou-se um leilão público em 2016, em que a Grenergy assumiu estes projetos eólicos, superando gigantes como a italiana Enel ou a francesa Engie (GDF-Suez).

Os parques eólicos Duna e Huambos fortalecem a posição da Grenergy no Peru, um país em que está presente com sua sede local desde 2015. Esses projetos, assim, representam mais um passo na consolidação da empresa na América Latina, e fazem parte do pipeline de projetos solares e eólicos de 2.500 MW em diferentes estágios de desenvolvimento, diversificados em países estratégicos como Chile, Peru, México, Argentina e Colômbia, não esquecendo a Espanha, que volta a se posicionar firmemente no setor de energias renováveis.

De acordo com o presidente-executivo e CEO da Grenergy, David Ruiz de Andrés, “os projetos no Peru demonstram a capacidade das energias renováveis de fornecer energia limpa a preços muito mais competitivos do que a energia convencional, e em áreas onde ela nem mesmo chega. Da mesma forma, o desenvolvimento de uma legislação que permita a assinatura de contratos de compra de energia a longo prazo ou de PPAs sem dúvida contribuiria para melhorar a competitividade do nosso setor no Peru”

Por sua parte, o vice-presidente de setor privado do CAF, Jorge Arbache, destacou: “Ficamos contentes por ter liderado a estruturação financeira deste projeto, que permite ao CAF cumprir o seu papel catalítico na América Latina, não apenas mobilizando recursos externos e canalizando-os para a região, mas vinculando outras instituições financeiras internacionais de prestígio, como o ICO; neste caso, trata-se do primeiro cofinanciamento conjunto e em um setor tão estratégico para o Peru como o de energias renováveis”.