CAF, CEPAL, BID e OPAS promovem equidade e desenvolvimento sustentável
19 de novembro de 2024
22 de novembro de 2016
Os meios de comunicação tradicionais, particularmente os diários, vivem a confluência de dois mundos. Por um lado, está o aparato do mundo impresso e, por outro, o contexto da inovação. Uma vez que se avança na discussão e na experimentação em termos de convergência, surge um aspecto importante: as redações têm os líderes que precisam para guiar novas equipes, novos modelos de negócio e novos processos?
"A liderança para o mundo impresso e para o digital é a mesma", explica Ernst Sotomayor, da Escola de Jornalismo da Universidade de Columbia. Quer dizer, um líder deve ter características comuns sem importar a plataforma: pensamento estratégico, capacidade de planejar não apenas de reagir, que conheça quais são as necessidades da empresa jornalística, que seja um bom comunicador e que saiba definir objetivos, medi-los e ativar os processos para alcança-los.
Então, qual é a diferença dos novos líderes? A principal diferença, afirma Liza Gross, da Solutions Journalism Network, é que o novo líder da redação precisa evoluir. "Hoje não é necessário saber apenas sobre jornalismo, mas sim de modelos de negócio e de novas ferramentas digitais". Em outras palavras, necessita-se uma capacidade de adaptação que no modelo tradicional do jornalismo não era necessária.
Estas são as reflexões do XIV Seminário GDA-CAF "Editores 2020. Liderança na Redação", organizado no Brasil pelo Grupo de Diários da América (GDA), O Globo e CAF -Banco de Desenvolvimento da América Latina, no qual também se discutiram os principais desafios que os meios de comunicação de 12 países da região identificaram como prioridades para os novos líderes da redação.
Entre esses desafios se encontra a diversidade das redações, que tem um componente de gerações associado aos períodos no ofício. "Às vezes, a paixão dos repórteres mais antigos não se encontra com o desejo de inovação dos mais jovens", resume Ernesto Cortés, do jornal El Tiempo. Os meios de comunicação esperam que os veteranos possam transmitir sua paixão aos mais jovens e que os mais jovens transmitam seu desejo de inovação.
Os desafios que mais exigem a adaptação dos líderes têm a ver com a criação de novas equipes, a definição de processos para articula-las e atender a novas necessidades, como a gestão do público, a medição do desempenho dos conteúdos, assim como a experimentação com as novas plataformas.Tudo isso com o objetivo de conservar a qualidade jornalística, a autonomia do meio e o favorecimento da diversificação nos modelos de negócio para as empresas jornalísticas.
19 de novembro de 2024
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