CAF, CEPAL, BID e OPAS promovem equidade e desenvolvimento sustentável
19 de novembro de 2024
16 de junho de 2011
“A CAF não é somente uma instituição financeira, mas também é geradora de conhecimento. Por isto, colocamos à disposição de autoridades e encarregados de políticas públicas na Bolívia experiências e melhores práticas internacionais em mitigação de impactos socioambientais na geração hidroelétrica – que a Bolívia tem grande potencial – para que tenham mais insumos para a tomada de decisões”, disse o diretor-representante da instituição financeira no país, Emilio Uquillas.
O seminário contou com exposições do vice-chanceler da Bolívia, Juan Carlos Alurralde, o vice-ministro de Eletricidade e Energias Alternativas, Roberto Peredo, e especialistas da Eletrobras, Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG), Itaipu Binacional, Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (GESEL/UFRJ), Documento Patrimônio Cultural- Arqueologia e Antropologia, CAF e Banco Mundial.
Geração hidroelétrica na Bolívia
O vice-chanceler Alurralde expôs os elementos da posição boliviana sobre projetos hidroelétricos em bacias nas fronteiras, dando ênfase ao complexo hidroelétrico do Rio Madeira, que abriga a construção de quatro plantas ao longo do rio: Santo Antônio e Jirau, em território brasileiro, Ribeirão (binacional) em território boliviano, na fronteira com Cachuela Esperanza.
“Estamos avaliando os efeitos econômicos, sociais, culturais e do meio ambiente deste empreendimento sobre o território nacional. O fato de que quase 50% das fronteiras da Bolívia são limites aquáticos implica na necessidade de gerar políticas de integração energética com os países vizinhos que protejam acima de tudo o interesse nacional”, afirmou Alurralde.
Durante sua exposição, o vice-ministro Peredo informou que o potencial hidroelétrico da Bolívia é de aproximadamente 40 GW, dos quais, na atualidade, só são utilizados 475,6 MG, ou seja, 1,19%.
Em 2010 a geração hidroelétrica representou 37% da capacidade energética do Sistema Interconectado Nacional (SIN), enquanto o restante foi gerado por biomassa, vapor, geotérmica e gás natural. A projeção para 2020 é alcançar 70% da produção energética com base em fonte hídrica.
Foram apresentados os projetos hidroelétricos que ainda estão em fase de análise no Rio Madeira, Cachuela Esperanza e El Bala, que permitirão a exportação de eletricidade na região, além de La Punta, Miguillas, Misicuni, Rositas, San José, Santa Anita e Tahuamanu que devem satisfazer a demanda doméstica.
Por hora estão em execução os projetos das microcentrais Totoropampa e Kanamarca, na província Inquisivi, do departamento de La Paz; Rio Blanco, em Guarayos (Santa Cruz); e Kuchuyba, em Tomabe, Potosí.
Experiência internacional
Dentro das exposições apresentadas por especialistas internacionais ressaltam as experiências de gestão ambiental geradas pela usina Itaipu Binacional (Brasil-Paraguai) e seu programa Cultivando Água Boa, criado para desenvolver iniciativas de sustentabilidade ambiental por meio de 19 subprogramas e 65 projetos que vão desde uma plataforma de energias renováveis até um parque tecnológico, eventos técnicos ambientais, projetos de saúde, educação, reflorestamento, turismo e segurança alimentar, entre outros. Itaipu gera 77% da energia do Paraguai e 18,9% da energia do Brasil.
Já o programa Peixe Vivo da CEMIG realiza ações direcionadas à preservação da fauna aquática em bacias onde existem atividades da empresa, buscando soluções e tecnologias que integrem a geração de energia elétrica com a conservação das espécies nativas de peixes, promovendo a inclusão da comunidade.
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