Sinergia com China fomenta o crescimento na América Latina

Como parte de sua visita oficial ao Peru, Enrique García, presidente-executivo da CAF, participou da V Cúpula Empresarial China - América Latina.

21 de novembro de 2011

(Lima, 21 de novembro de 2011) A complementaridade dos países da América Latina com a Ásia, especialmente a China, contribuiu de forma importante para o crescimento que a região tem vivido nos últimos anos.

Foi o que defendeu o presidente-executivo da CAF, Enrique García, durante a V Cúpula Empresarial China - América Latina, iniciada nesta segunda-feira, em Lima, e que contou com a presença do chefe de Estado peruano, Ollanta Humala.

Durante sua apresentação intitulada “América Latina: Competitividade, Potencial e Oportunidades”, García disse que a América Latina deve se concentrar em aumentar a produtividade, diversificar as suas exportações, ser mais competitiva, e aumentar os seus investimentos em infra-estrutura, seguindo o modelo chinês, que tem impulsionado o crescimento da China.

"O desafio da região nos próximos 10 anos deve se concentrar em realizar uma transição para um modelo de transformação produtiva, que envolve a incorporação de mais tecnologia e valor agregado à produção, ou continuaremos a depender da exportação de matérias-primas e ficaremos para trás”, afirmou.

García acrescentou que a estratégia correta deve buscar o equilíbrio entre a inserção internacional inteligente e o desenvolvimento competitivo da demanda interna e a nível regional.

Em outro momento, o presidente-executivo da CAF observou que outro aspecto importante é investir em infra-estrutura, um setor onde a CAF desempenha um papel importante de financiamento na região. Sobre isto, ele destacou que países da América Latina investem atualmente apenas 3% do seu PIB em infra-estrutura, sugerindo que meta deve ser cerca de 6%.

García destacou que, nos últimos anos, a CAF, em sua missão de captar mais recursos para os países da região, estabeleceu relações estreitas com o setor financeiro, por meio de acordos assinados com o Export Import Bank of China e o China Development Bank, mas também com o meio acadêmico, graças a acordos firmados com o Instituto de Estudos Latino-Americanos da Academia Chinesa de Ciências Sociais.

Por fim, ao ressaltar a importância da V Cúpula Empresarial China - América Latina, García afirmou que o encontro foi propício para a aproximação entre diversos atores, mas também para a discussão de possíveis alternativas e soluções para a crise global, já que nenhuma das regiões neste caso é parte do problema, mas podem ser parte da solução.

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