O sucesso da construção do novo conjunto de comportas tem o rosto da comunidade da sua bacia hidrográfica: lá cultivam e comercializam café, além de melhorar a sua qualidade de vida.

O sucesso da construção do novo conjunto de comportas tem o rosto da comunidade da sua bacia hidrográfica: lá cultivam e comercializam café, além de melhorar a sua qualidade de vida.

21 de junho de 2016

Eles entraram com a terra, o café e a vontade de se superar; a Autoridade do Canal do Panamá (ACP) deu apoio; o CAF -Banco de Desenvolvimento da América Latina-, em parceria com a Fundação para a Conservação dos Recursos Naturais (Natura), contribuiu com os recursos financeiros, o acompanhamento técnico e lhes proporcionou treinamento; e hoje todos brindam com um gole de café pela ampliação e seu próprio sucesso: aumentaram seus rendimentos em mais de 30%.

Trata-se de 90 famílias que cultivam café de baixada, mas não em qualquer lugar. É o café da bacia hidrográfica do Canal do Panamá, o que faz com que a rota de comércio seja mais verde, aromática e a serviço do desenvolvimento humano dos povos que a cercam. Um projeto que também incluiu a formalização legal da Associação de Cafeicultores da Bacia do Canal do Panamá (ACACPA), cooperativa responsável pela comercialização da produção dos seus membros, atenta às mudanças do mercado e aos volumes comprometidos.

"Através deste projeto demos os primeiros passos para a transformação de uma atividade puramente informal", disse Enrique García, presidente-executivo do CAF. "Graças ao treinamento, os agricultores contam com recursos técnicos e cognitivos para obter retornos consideráveis de investimento e um aumento tanto no lucro como na capacidade produtiva, melhorando a qualidade de vida das famílias rurais, que agora podem gastar parte do seu excedente em educação para os seus filhos e melhorar suas residências".

Os benefícios adicionais para a via interoceânica em termos de meio ambiente também são resultado desta iniciativa, e a cafeicultura que desenvolvem esses camponeses - que vivem no distrito de Capira, às margens dos Rios Cirí Grande e Trinidad -que fazem parte da bacia hidrográfica do Canal do Panamá-, fazem parte de uma barreira protetora para a conservação das florestas e dos recursos hídricos; diminuindo a erosão do solo, gerando oxigênio e se convertendo em coletores de água e de gases de efeito estufa.

Atualmente, os agricultores da ACACPA estão em processo de captação de mercados e comercialização do café, porque já está sendo colhido, processado e consumido. Além disso, a operação irá fortalecer os membros da associação para a implantação do Plano de Negócios. O projeto cafeicultura na Bacia do Canal do Panamá é um exemplo de que os investimentos em iniciativas de desenvolvimento devem ser acompanhados de intervenções focadas na formação de habilidades e capacidades produtivas (ofícios, atividades produtivas no campo, empreendedorismo, etc.) para promover mais goles de progresso e sustentabilidade.

Conheça mais detalhes desta iniciativa no blog Visiones: Panamá: de pequenos cafeicultores a empreendedores de sucesso

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