Um modelo de negócio sustentável para agricultores kichwas

Através de treinamento, formação de associações e empreendedorismo, agricultores kichwas da província de Napo transformaram a guayusa em um novo modelo de negócio baseado na sustentabilidade.

29 de maio de 2013

Para Gerardo Grefa, agricultor local, o cacau e o café deixaram de ser a única opção de cultivo. Agora, a guayusa - planta que por anos cultivou para o consumo da própria família - tornou-se uma alternativa de plantio na sua terra, ou como ele diz, em sua chácara.

O modelo de negócio implantado pela Fundação Runa permitiu a união das famílias e das comunidades para o cultivo da planta de guayusa com fins comerciais. A proposta não foi realizar uma monocultura, senão continuar com os tradicionais e ampliar as extensões da guayusa.

Desta maneira, os agricultores atendem à demanda que a planta trouxe, não apenas por seu sabor e aroma como pelas propriedades energizantes que provêm de um alto teor de cafeína, vitaminas e aminoácidos. Estudos revelaram que a planta tem 50% mais antioxidantes que o chá verde.

Para atender à demanda de uma maneira sustentável tanto no plano ambiental como no produtivo, o CAF - banco de desenvolvimento da América Latina - assinou uma cooperação técnica com a Fundação Runa. Os recursos serão destinados à formação e treinamento dos produtores indígenas da região e à assessoria técnica e implantação de um sistema de qualidade.

Para Gerardo, que também trabalha como promotor dentro da comunidade, os treinamentos têm sido muito importantes dentro do processo.  "Eu visito as fazendas da comunidade e reviso o plantio e o cultivo com meus companheiros".

Os agricultores concordam que o enriquecimento foi mútuo. Os agrônomos locais, através das escolas de campo, ensinam a técnica aprendida, enquanto os agricultores contribuem com sugestões que vêm do seu trato diário com os cultivos.

http://www.fundacionruna.org/office-location.html

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