“Urban 95 - Lima Norte” vence a 5ª edição do Concurso de Desenvolvimento Urbano e Inclusão Social do CAF

Três propostas foram premiadas no concurso, enquanto oito receberam menção honrosa e três, distinção. Nesta edição, foram avaliadas 238 propostas de 14 países do membros do CAF, sendo a convocatória mais bem-sucedida até agora.

30 de julho de 2018

A proposta “Urban 95 – Lima Norte” (Peru) foi a vencedora entre as 238 apresentadas pelos 14 países membros do CAF - banco de desenvolvimento da América Latina - que participaram da quinta edição do Concurso de Desenvolvimento Urbano e Inclusão Social. O segundo lugar ficou para “Quito seguro. Bairros resilientes como estratégia de desenvolvimento sustentável para cidades latino-americanas” (Equador). O trabalho “Plataformas de gestão territorial La Silsa” (Venezuela) foi o terceiro colocado.

O júri considerou que a proposta “Urbana 95 - Lima Norte”, proposta elaborada pelo Coordenador da Cidade, ONG Sumbi e Fundação Bernard Van Leer, é inovadora ao propor as crianças como produtoras ativas do espaço urbano e é apoiada por participação direta dos membros da comunidade. Além disso, responde ao desafio de melhorar o espaço público, enquanto ambiente de segregação urbana e informalidade, por meio de uma dimensão esperançosa, lírica e lúdica. Ao mesmo tempo, contém elementos inovadores de design, incluindo um sistema mobiliário modular de fácil instalação, que pode ser adaptado a diferentes contextos, criando expressões únicas.

“O concurso gerou um forte impacto a respeito da inovação urbana, incentivando o pensamento coletivo com intervenções que reconhecem a criatividade que surge de propostas criadas no território, em favor de soluções para problemas específicos. Para o CAF, promover este concurso é enriquecedor, além de gratificante, já que as propostas inovadoras apresentadas permitem enriquecer constantemente nosso entendimento sobre as necessidades e oportunidades que a América Latina tem para favorecer um desenvolvimento mais resiliente e inclusivo de suas cidades”, afirmou o vice-presidente de Desenvolvimento Sustentável do CAF, Julián Suárez Migliozzi.

O Concurso de Desenvolvimento Urbano e Inclusão Social é uma iniciativa do Programa Cidades com Futuro, do CAF, que busca promover políticas integrais para gerar maior inclusão social, produtividade e resiliência nas cidades da América Latina. O objetivo do programa é auxiliar as autoridades latino-americanas na criação de cidades cada vez mais inclusivas, conectadas e integradas em termos espaciais, econômicos e sociais, com acesso universal a serviços básicos, oportunidades de capacitação e responsabilidade social.

A equipe responsável por “Urban 95 - Lima Norte”, ganhadora do concurso, receberá um prêmio de US$ 15.000. Os colocados em segundo e terceiro lugar receberão US$ 5.000 e US$ 3.000, respectivamente.

 

Quito seguro. Bairros resilientes como estratégia de desenvolvimento sustentável para cidades latino-americanas”

Este projeto equatoriano apresentado pelo URLO Studio e o arquiteto Diego Salazar, foi selecionado por sua visão integral de intervenção em escala vicinal, na qual a resiliência é um catalisador para investir na melhoria do espaço público e promover a participação cidadã, alcançando assim, diversos benefícios a partir de um só investimento em infraestrutura. Além disso, para o júri, a proposta lida com duas situações ao mesmo tempo: a integração de territórios informais e a necessidade de um território mais resiliente em situações de desastres.

Conclui-se que a proposta apresenta o espaço público como um lugar seguro em situação de emergência, mas também um espaço de alta qualidade para o cotidiano.

 

Plataformas de gestão territorial La Silsa

O júri explicou que “Plataformas de gestão territorial La Silsa”, lideradas pelos consórcios Pico Colectivo e Aga-Estudio, é um projeto que surge das comunidades. Sua capacidade técnica/arquitetônica de reformular o significado da instituição pública é fora do comum e exalta o design associado à criação comunitária. O projeto deixa claro que não existe oposição entre o design arquitetônico-urbanístico e um envolvimento comunitário participativo; fica demonstrado, também, que os espaços isolados ou vazios podem comportar novas funções públicas necessárias em todas as cidades.

O júri, composto por: Diana Giambiagi, arquiteta e mestre em Planejamento para o Desenvolvimento Urbano pela University College London; Mayra Madriz, urbanista e mestre em Planejamento Comunitário e Regional e em Estudos Latino-americanos pela Universidad de Nuevo México; e Washington Fajardo, renomado arquiteto e urbanista, com ampla experiência na renovação urbana do patrimônio cultural), além de selecionar as três propostas ganhadoras, outorgou oito menções honrosas e três distinções.

A convocatória desta edição foi amplamente divulgada, com mais de 15.000 visitas ao microsite, principalmente no Brasil, Peru, Argentina e Colômbia. O papel das organizações aliadas na divulgação do concurso também foi fundamental, bem como o de diversos meios de comunicação da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Espanha, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai.

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