CAF, CEPAL, BID e OPAS promovem equidade e desenvolvimento sustentável
19 de novembro de 2024
O CAF apresentou em Montevidéu o relatório RED, que garante que, embora as empresas uruguaias se destaquem por sua vocação comercial, tenham espaço para se integrarem de forma mais eficiente ao comércio regional.
15 de março de 2022
O CAF, banco de desenvolvimento da América Latina, apresentou o Relatório de Economia e Desenvolvimento 2021 (RED 2021) no Uruguai intitulado "Caminhos para a integração: Facilitação do Comércio, Infraestrutura e Cadeias de Valor Globais", o que garante que, em termos de facilitação de comércio, o Uruguai esteja entre os países mais avançados da região.
O relatório destaca a importância dos avanços realizados, mas enfatiza a necessidade de melhor integração comercial na região, destacando a importância da redução dos custos aduaneiros, da melhoria da infraestrutura, da redução dos custos internacionais e do enfrentamento das questões sociais, ambientais e climáticas.
O evento foi aberto pelo ministro das Relações Exteriores, Francisco Bustillo, e pelo representante do CAF no Uruguai, François Borit.
"Com o CAF propomos trabalhar mais em infraestrutura integral sustentável, em fronteiras e infraestrutura física, buscando maior integração energética e digital. Para isso, buscará facilitar o comércio, no desenvolvimento de fronteiras, com bens e melhoria de bens e serviços. Também desenvolveremos agentes renovados das mudanças climáticas e da biodiversidade, o que se soma ao nosso apoio ao desenvolvimento de infraestrutura no país", disse Borit.
Nesse sentido, o ministro Bustillo expressou a importância do apoio do CAF no planejamento da hidrovia em Laguna Merín (Uruguai-Brasil) e da construção da ponte internacional Monte Caseros-Bella Unión (Uruguai-Argentina). "Essas iniciativas impulsionam a economia entre os países vizinhos para facilitar a abertura comercial e o intercâmbio de produtos", disse ele.
"O relatório explora cuidadosamente a hipótese de que a baixa inserção trabalhista das empresas na América Latina se deve, em parte, ao uso limitado do espaço regional como complemento a uma estratégia de expansão das exportações", disse o ministro.
O artigo, apresentado por Lian Allub, economista-chefe da Diretoria de Pesquisas Socioeconômicas do CAF, explora a hipótese de que a baixa inserção internacional de empresas na América Latina em geral, e no Uruguai em particular, se deve, em parte, ao uso limitado do espaço regional como complemento a uma estratégia de expansão global das exportações. Para conseguir uma maior inserção regional e global, o relatório propõe atuar em três áreas específicas: facilitação do comércio, infraestrutura física e integração produtiva.
O índice de facilitação de comércio construído pela OCDE, que mede 11 dimensões relacionadas a esse conceito, garante que o Uruguai esteja entre os mais altos da região.
O relatório do CAF destaca que um dos setores que apresentou grande dinamismo no Uruguai foi o das exportações de serviços tecnológicos, que em 2005 representou 1% das vendas no exterior e em 2019 foi próximo de 10%.
Em termos de integração energética, o Uruguai destaca-se por seu investimento em energias renováveis não convencionais (ERNC), o que lhe permitiu tornar-se um exportador líquido de energia, gerando mais de 40% de sua energia pelo ERNC.
Em vez disso, o país tem espaço para melhorias em termos de procedimentos de apelação, procedimentos em geral e cooperação com a agência interna de fronteiras.
Em referência ao transporte, o país aumentou a conectividade aérea em relação a 2009, em especial em relação à conectividade internacional e conectividade marítima, tem um bom desempenho, com índice de conectividade marítima ligeiramente superior à média latino-americana, e tempo de espera para navios em portos semelhantes à média da região.
Em termos de infraestrutura terrestre, o Uruguai tem um bom desempenho de acordo com as métricas de acesso ao mercado. Apesar do bom desempenho em termos de indicadores, as empresas uruguaias, especialmente os exportadores, continuam a considerar a infraestrutura de transporte como uma barreira para o desenvolvimento adequado de sua atividade.
No que se refere à sua participação em cadeias de valor regionais e globais, em ambos os casos o Uruguai tem participação semelhante, com ênfase em ser um finalizador de processos e não como um fornecedor de insumos; em qualquer caso sua participação é relativamente baixa.
O relatório conclui que um dos grandes desafios enfrentados pelo Uruguai, como outros países da região, é incorporar maior valor agregado às suas exportações, e em particular isso poderia ser alcançado incorporando maior valor agregado do setor de serviços às exportações de manufaturados. Atualmente, a participação do setor de serviços no valor agregado interno das exportações de manufaturados está em torno de 25%, enquanto, em países como a Nova Zelândia, está próxima de 40%.
A partir da apresentação do relatório, foi realizado um painel de discussão com a participação do professor de Comércio Internacional da UdelaR, Marcel Vaillant; o diretor de Política Comercial do Ministério da Economia, Juan Labraga; a presidente da UTE, Silvia Emaldi; a pesquisadora e professora do IECON-UdelaR, Adriana Peluffo e o presidente da Confederação das Câmaras Empresariais, Juan Martínez.
O encerramento do evento ficou a cargo do diretor de Pesquisa Socioeconômica do CAF, Ernesto Schargrodsky.
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