O CAF reduziu sua pegada de carbono em 2017 como parte do seu compromisso com a sustentabilidade ambiental
26 de janeiro de 2018
“Visiones del Desarrollo” é uma seção oferecida pelo CAF -banco de desenvolvimento da América Latina- que analisa os principais temas de desenvolvimento da região. Seus artigos são publicados simultaneamente em El Comercio (Equador), El Comercio (Peru), El Nacional (Venezuela), El País (Uruguai) e Portafolio (Colômbia).
28 de janeiro de 2021
O alerta das Nações Unidas (ONU) é claro: A Terra está agora 1,1 graus Celsius (°C) mais quente do que no início da revolução industrial. Não estamos no caminho certo no que tange ao cumprimento das metas acordadas no Acordo de Paris de 2015 sobre mudanças climáticas, que estipulou a manutenção do aumento da temperatura global bem abaixo de 2°C ou 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.
Para evitar um aquecimento acima de 1,5 °C, o mundo terá de limitar a produção de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), reduzindo o consumo de combustíveis fósseis em aproximadamente 6% ao ano, entre 2020 e 2030, entre outras ações. “Muitos governos estão, agora, se movendo na direção certa. No início de 2021, os países que respondem por mais de 65% das emissões globais de dióxido de carbono e mais de 70% da economia mundial terão assumido compromissos ambiciosos com a neutralidade de carbono”, afirmou a ONU.
Chama a atençãoum estudo realizado por dois pesquisadores do Centro Basco de Mudanças Climáticas, em que analisaram os planos de adaptação de 59 cidades costeiras, entre as maiores do mundo: As cidades não estão se preparando adequadamente para lidar com os impactos das mudanças climáticas.
“Os planos de adaptação ainda são pouco efetivos, entre outros fatores, porque os processos de financiamento não estão bem definidos, não são atribuídas responsabilidades suficientes, o caráter regulatório dessas políticas e planos é bastante escasso, não se gera ou utiliza conhecimento sobre os impactos e riscos das mudanças climáticas, e finalmente, questões relacionadas à equidade e justiça social não estão ainda bem integradas”, afirma Marta Olazabal, coautora do artigo.
A pesquisa mostra que algumas cidades fizeram mais esforços do que outras para traçar seus planos de adaptação. Neste sentido, destacam-se os casos de Los Ángeles e Baltimore (Estados Unidos); Montevidéu (Uruguai); Lisboa (Portugal) e Ulsan (Coreia do Sul). Por outro lado, entre as políticas que obtiveram os piores resultados na análise, estão as de Hong Kong e Xangai (China), Sapporo (Japão) e Cidade do Cabo (África do Sul).
Para conhecer a magnitude do problema e adotar as soluções mais eficientes, 11 cidades da América Latina calcularam suas pegadas de carbono, ou inventário de emissões de GEE, que é um indicador quantitativo que reflete o impacto que pessoas, organizações, produtos, eventos etc. têm nas mudanças climáticas.
A análise setorial mostra que o setor de Transportes representa, em média, 46% das emissões totais, seguido pelos setores Residencial, Comercial, Institucional e de Resíduos, com 21% y, por último, o setor Industrial, com 13%. A análise per capita mostra que as cidades de Santa Cruz de Galápagos (Equador), Guayaquil (Equador), Tarija (Bolívia), Quito (Equador) e Santa Cruz de la Sierra (Bolívia) apresentam valores superiores à média, enquanto Lima (Peru), Cali (Colômbia), La Paz (Bolívia), Fortaleza (Brasil), Recife (Brasil) e Loja (Equador) têm valores abaixo da média de todas essas cidades.
“No âmbito do projeto “Pegada de Cidades” também medimos a pegada hídrica, que é um indicador multidimensional de apropriação (uso, consumo e contaminação) dos recursos hídricos, para promover a inclusão de indicadores de pegada no planejamento estratégico dos governos municipais e definição de metas de redução, identificação de oportunidades de financiamento verde nas cidades, entre outros. Planos de ação podem ser vistos como potenciais carteiras de investimento para cada cidade. Considerando a implantação do projeto em 11 cidades das fases I, II e III, um potencial fi estimado de redução de mais de 100 milhões de toneladas de CO2 até 2032”, afirma o relatório elaborado pela Diretoria de Sustentabilidade, Inclusão e Mudanças Climáticas do CAF -banco de desenvolvimento da América Latina, líder desta iniciativa.
O cálculo da pegada de carbono que cada pessoa produz pode ser calculado gratuitamente aquu ou em diversos aplicativos para dispositivos móveis.
A estimativa da pegada de carbono e da pegada hídrica nas cidades permitiu a identificação de 199 iniciativas de redução da pegada de carbono e 97 de pegada hídrica de maneira conjunta e organizadas junto aos governos municipais. Entre elas, destacam-se: Bairros ecoeficientes, em La Paz; aproveitamento do biogás no aterro Las Iguanas, em Guayaquil; projeto do Corredor Verde Fase III (Etapa 1) em Cali; concepção e implementação de seis microestações descentralizadas de tratamento de águas residuais, em Tarija; e redução do lançamento de efluentes poluídos no rio Jiquiá, em Recife.
O projeto incluiu a implementação de ações piloto com potencial de escalonamento e replicação ??no contexto de outras cidades latino-americanas para o desenvolvimento de estratégias municipais de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. A aplicação dessas ou de outras iniciativas com propósitos semelhantes ajudará no combate ao aquecimento global, promovendo a neutralidade de carbono e na geração de cidades mais resilientes em beneficio de todos.
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