COVID-19: Todos com os mais vulneráveis
20 al 30 de abril de 2020A pandemia de COVID-19 está atingindo toda a humanidade, mas, sem dúvida, seu impacto será muito maior entre os setores mais vulneráveis, que não dispõem das redes e dos sistemas de proteção de grande parte da população. Na América Latina, esses setores vulneráveis estão concentrados nas periferias das grandes cidades. Mais de 86 milhões de famílias na América Latina vivem em bairros informais (vilas, favelas, ranchitos, comunas, etc.) que não possuem serviços básicos. Os bairros marginais, devido à sua alta densidade populacional, superlotação e falta de serviços básicos de saúde, são um foco potencial de contágio.
O ambiente em que a maioria de seus habitantes vivem não facilita o isolamento. As casas têm dois ou três cômodos. Quando as escolas fecharem, as crianças terão que ficar em casa. Com as crianças em casa, sem escola, haverá pais e mães que não poderão trabalhar. As crianças que dependem das escolas para fazer suas refeições perderão esse benefício. Os trabalhadores da economia informal, que correspondem a uma proporção significativa do emprego nas cidades de muitos países, verão seus meios de subsistência desaparecerem. Na maioria desses bairros, não existem grandes cadeias de distribuição, mas pequenas lojas que, quando fecharem, dificultarão a distribuição de alimentos e produtos de primeira necessidade.
Por isso, em parceria com a revista Compromiso Empresarial ,decidiram unir esforços para identificar propostas de inovação social que permitam atender a algumas das necessidades mais urgentes dessas populações mais vulneráveis.