Avaliações de impacto: como reduzir as diferenças de implementação no setor público?

Uma parte importante do conhecimento necessário para gerenciar os serviços públicos é gerada, precisamente, dentro das organizações que os oferecem. É aí que, continuamente, são tomadas decisões sobre o uso de recursos. Esse fluxo de experiências fornece informações fundamentais para gerar aprendizagem sobre gestão, o que pode resultar na melhor prestação de serviços públicos.

No entanto, a compreensão dos problemas da população e das alternativas de políticas para resolvê-los nem sempre se traduz em ações efetivas, uma vez que a estrutura de incentivos e as restrições institucionais enfrentadas pelo servidor público dificultam o máximo aproveitamento do conhecimento disponível.

Para o formulador de políticas públicas, a implementação de avaliações implica utilizar os recursos (sempre escassos) da administração pública para examinar os programas, em vez de ampliar o número de beneficiários do mesmo ou de outros, correndo, inclusive, o risco de ser qualificado por isso como mau administrador público e comprometer suas chances de reeleição. Além disso, o horizonte de tempo do formulador de políticas pode diferir do da avaliação, uma vez que esta pode levar de alguns meses a vários anos, o que é inconsistente com a perspectiva de curto prazo dos ciclos eleitorais.

Então, como podemos reduzir as diferenças na implementação de avaliações de impacto? Isso será discutido por Daniel Ortega, diretor de avaliação de impacto e aprendizagem de políticas do CAF –banco de desenvolvimento da América Latina, em um hangout de acesso gratuito.

Data: sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Horário: 15h30 (UTC - 4h00, Caracas)