CAF inaugura escritório em Montevidéu

(Montevidéu, 8 de dezembro) Com a presença do vice-presidente do Uruguai, Danilo Astori, e o presidente-executivo da CAF, Enrique García, foi inaugurado o Escritório da instituição financeira latino-americana em Montevidéu, aprofundando assim sua presença e relacionamento com o Uruguai. Esta representação também irá dar assistência para projetos de todo Cone Sul e, assim, terá alcance regional.

Criada na década de 70 com os países andinos como fundadores, a CAF se converteu em um banco de desenvolvimento de dimensão latino-americana, integrado por 18 países, cumprindo um importante papel na contribuição para o desenvolvimento sustentável e integração da região.

O presidente-executivo, Enrique García, ressaltou que a inauguração do escritório em Monteviéu, localizado na Torre Executiva, é mais um sinal da consolidação da instituição na região, já que reflete a intenção de “trabalhar mais próxima dos uruguaios e assim poder lhes dar apoio em suas estratégias de desenvolvimento econômico, social e ambiental”. “O Uruguai é acionista da CAF desde dezembro de 2001 e a relação se intensificou nos últimos anos, somando, até o momento, um total de USD 1.700 milhões aprovados a favor do desenvolvimento do país”, disse García.

A cerimônia de inauguração contou também com a participação dos integrantes da Diretoria da CAF: o ministro de Economia do Uruguai, Fernando Lorenzo, e o presidente do Banco Central, Mario Bergara, assim como da diretora representante da instituição no Uruguai, Gladis Genua. Participaram também outras altas autoridades ministeriais, parlamentares, importantes personalidades do ambiente político – ex-presidentes da República e ex-ministros – e representantes do setor privado.

CAF, um banco de desenvolvimento da América Latina, para América Latina

Uma característica de destaque da CAF é que se trata de um organismo multilateral de financiamento de países emergentes, portanto, a agenda do banco de desenvolvimento nasce na América Latina para a própria região.

CAF teve um importante crescimento nos últimos anos – em 1980, a cifra de aprovações anuais era de USD 500 milhões, atualmente supera USD 10.500 milhões.

A dimensão adquirida pela CAF ao longo de seus 40 anos faz do banco de desenvolvimento um valioso apoio para que os países da região alcancem o crescimento esperado. Segundo seu presidente-executivo, “ainda em termos econômicos globais muito complexos, a CAF apoiou seus países acionistas de forma decidida, anticíclica e oportuna, obtendo resultados financeiros e operacionais satisfatórios”.

García destacou que a instituição se transformou na principal fonte de financiamento multilateral da região andina e de infra-estrutura na América Latina, com especial ênfase em projetos que promovam a integração regional.

Além disso, indicou que a CAF se converteu em uma importante fonte de geração de conhecimento e promoção do desenvolvimento tecnológico, já que desenvolve atividades de fortalecimento da competitividade, incentiva PMEs e microempresas e melhoria da governança democrática, além de incentivar a modernização e descentralização estatal e de desenvolvimento regional, local e comunitário.

A atividade operacional da instituição se desenvolve dentro de sua Agenda de Desenvolvimento Integral que busca conciliar os objetivos de estabilidade macroeconômica, eficiência microeconômica, igualdade social e equilíbrio ambiental nos países da América Latina e Caribe.

Cabe ressaltar que, paralelamente ao seu crescimento, a instituição manteve sua solidez financeira, mostrando uma consistente melhora nas qualificações de crédito; a CAF é o emissor freqüente com as mais altas qualificações de risco na América Latina.

Enrique García destacou ainda que “o desenvolvimento de sucesso da CAF se deve ao apoio pleno de seus países acionistas, traduzido em aumento de capital de forma periódica, assim como o fiel cumprimento de todas suas obrigações financeiras”.

Neste sentido, ele recordou que, no ano passado, a diretoria aprovou um aumento de USD 2.500 milhões em capital da CAF, que se soma ao aumento de USD 1.500 milhões como conseqüência da incorporação da Argentina, Brasil, Panamá, Paraguai e Uruguai como membros plenos. Isto conduzirá a uma duplicação do patrimônio da instituição na próxima década, aproximadamente a USD 12.000 milhões, e permitirá uma triplicação de suas operações que visam atender e responder às necessidades da região.