Seminário apresenta casos de sucesso em geração hidroelétrica e modalidades de financiamento
“O seminário disponibilizou aos participantes um conjunto de experiências positivas em planejamento de longo prazo no setor de geração hidroelétrico em países latino-americanos, que incorpora tarefas como o inventário de possíveis fontes de geração, avaliação de custos, benefícios e factibilidade dos projetos, assim como a análise e proteção dos fatores sociais e ambientais, entre outros. A CAF tem experiência acumulada no tema energético e incentiva 105 projetos neste setor em toda a região; a Bolívia, depois da Venezuela e Colômbia, é o terceiro país com mais projetos energéticos financiados pela Instituição e conta com recursos necessários para desenvolver projetos hidroelétricos”, assinalou Emilio Uquillas, diretor-representante da CAF na Bolívia.
Uquillas explicou também que para a CAF a competitividade dos países depende em grande parte em possuir um serviço de energia confiável, contínuo e com preços que reflitam o custo de oportunidade do investimento, ou seja, que representem a melhor alternativa do ponto de vista de tarifas e proteção ao meio ambiente.
Antes das oito palestras apresentadas, o embaixador brasileiro na Bolívia, Carlos França, ressaltou a importância de que todos os atores da geração elétrica no país conheçam a visão e as experiências desenvolvidas em outros países latino-americanos.
Já o vice-ministro de Eletricidade e Energias Alternativas, Roberto Peredo, garantiu que o seminário foi um passo a mais no processo de fortalecimento empreendido pela Empresa Nacional de Eletricidade (ENDE), já que seus técnicos puderam conhecer a experiência desenvolvida em mega projetos hidroelétricos executados com sucesso no Brasil, Nicarágua e outros binacionais, assim como as modalidades de financiamento que podem ser mais vantajosas para o país. “Também conhecer o aspecto legal destes projetos colabora para a implementação da nova normativa do setor elétrico que estamos trabalhando”, concluiu.
Além de especialistas internacionais de empresas e instituições como Eletrobras, Banco de Desenvolvimento Econômico e Social do Brasil (BNDES), Empresa de Pesquisa Energética e o Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (GESEL-UFRJ), também palestraram o representante do Banco Mundial no país, Oscar Avalle, o especialista sênior de Energia do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Emilio Sawada, e o anfitrião, Emilio Uquillas, diretor-representante da CAF na Bolívia.
As apresentações mostraram as experiências no financiamento de projetos do setor energético oferecidas por instituições como CAF, Banco Mundial, BID e BNDES, os modelos financeiros utilizados para a construção das centrais hidroelétrica da Nicarágua e de Itaipu Binacional (compartilhada por Brasil e Paraguai), os estudos de inventários dos recursos hidroelétricos e as licitações e contratos de longo prazo com base em financiamento de centrais hidroelétricas.