CAF apoiará o governo peruano na luta contra a pobreza

(Lima, 31 de outubro de 2011) A CAF, banco de desenvolvimento da América Latina, expressou seu apoio ao Ministério do Desenvolvimento Social e Inclusão, a fim de reduzir a pobreza e promover o diálogo inclusivo e descentralizado no Peru.

O apoio foi realizado durante a reunião entre a diretora representante da CAF, Eleonora Silva, e a ministra Carolina Trivelli, que visitou o escritório da instituição multilateral para fornecer detalhes sobre as atividades que irá desenvolver para executar estratégias orientadas a reduzir a pobreza no país.

Trivelli, que estava acompanhada pelos vice-ministros da Previdência Social, Jorge Arrunátegui, e de Política e Avaliação Social, Juan Pablo Silva, disse que o ministério tem coordenado uma série de reuniões com os governos regionais e locais, assim como com organizações da sociedade civil e organismos internacionais, já que todos esses atores são essenciais para alcançar os objetivos traçados em seu setor.

"Devemos tirar proveito da troca de experiências bem sucedidas de países vizinhos na implementação de programas sociais, especialmente no campo da infância, onde os resultados são muito bem sucedidos. Estas boas práticas vão ser consideradas na elaboração dos programas do ministério", ressaltou a ministra.

Após citar que a CAF é uma instituição financeira multilateral comprometida com o desenvolvimento sustentável dos países da região, Eleonora Silva observou que, em linha com a missão da instituição, os últimos anos significaram o fortalecimento e a reafirmação da participação da entidade no financiamento do setor social.

Observando que os avanços econômicos certamente impactam na redução da pobreza e da desigualdade no Peru, Silva disse que o trabalho em desenvolvimento e inclusão social é uma responsabilidade do Estado, mas também de todos os demais atores, incluindo as instituições multilaterais.

"Para a CAF, a inclusão social passa pelas dinâmicas que vinculam o desenvolvimento de capacidades com o acesso a oportunidades, o acesso ao bem-estar, às redes de relacionamentos, mas especialmente o pleno exercício da cidadania. Ou seja, nós concebemos a inclusão social como um processo que garante a todos os membros da sociedade participar de forma igualitária nas diferentes áreas que compõem a sociedade: econômica, política, jurídica, cultural, etc", disse.

A este respeito, Silva disse que é importante atender a todos os assuntos relacionados com a prestação de assistência imediata, mas também passar ao desenvolvimento de competências. "A partir das ações individuais, é necessário implantar um conjunto de medidas para acompanhar ações mais integradas. A gestão social deve se concentrar na igualdade de oportunidades, mas também passar à igualdade de competências. Para alcançar esta etapa, temos de garantir nutrição, educação e saúde de qualidade em todos os níveis e isso passa por adequar a infra-estrutura para todos", concluiu.