USD 1 bilhão para a inclusão social e produtiva na Argentina
O presidente executivo do CAF - banco de desenvolvimento da América Latina - e o Ministro da Economia e Finanças Públicas da Argentina assinaram oito acordos que incluem projetos de água e saneamento, desenvolvimento social, infraestrutura, e ciência e tecnologia.
(Buenos Aires, 19 de março de 2013) .- A Casa Rosada, sede da Presidência da República da Argentina, foi palco da assinatura de oito Memorandos de Entendimento para o financiamento de mais de USD 1 bilhão do CAF - banco de desenvolvimento da América Latina - para projetos em diversas áreas fundamentais para o desenvolvimento do país.
Os encarregados pelas assinaturas foram Enrique García,
presidente executivo do CAF, e Hernán Lorenzino, ministro da
Economia e Finanças Públicas.
García destacou que nos últimos cinco anos (2008-2012) a
instituição financeira multilateral aprovou USD 4,8 bilhões para o
desenvolvimento do país. "Os projetos promovidos pelo CAF na
Argentina fazem parte das prioridades de investimento em
setores-chave e de maior impacto na melhoria da qualidade de vida
dos argentinos", disse García.
O titular do CAF ressaltou a necessidade de que os países da
região aumentem sua taxa média de investimento para alcançar um
maior crescimento, sustentado e de qualidade. "É necessário que a
América Latina substitua seu atual modelo de vantagens comparativas
por um de vantagens competitivas, passando dos recursos naturais e
dos baixos salários para o conhecimento, o valor agregado, a
inovação e a tecnologia", acrescentou García.
Os acordos assinados hoje destinam USD 250 milhões ao Programa de Desenvolvimento Regional II; USD 150 milhões ao Programa de Infraestrutura de Saneamento do Norte Grande; USD 70 milhões ao Programa de Desenvolvimento Integral do Setor Espacial Nacional Fase I (CONAE); USD 50 milhões ao Programa de Satélite Geoestacionário Argentino de Telecomunicações (ARSAT); USD 240 milhões ao Projeto de Extensão da vida útil da Central Nuclear Embalse; USD 162,5 milhões ao Programa de Obras Básicas de Água Potável AySA; e USD 75 milhões ao Programa de Obras Múltiplas em Municípios, Fase III.
Os recursos (USD 250 milhões) para o Programa de Desenvolvimento Regional II têm como objetivo aumentar e melhorar a trafegabilidade das redes de caminhos provinciais do Norte da Argentina, gerando uma maior integração produtiva com as diferentes regiões do país.
"O programa promove a integração latino-americana através de três dos Eixos IIRSA e contribui para a melhoria da conexão com os países vizinhos", ressaltou García, ao comentar sobre o caráter regional da iniciativa e destacar o apoio contínuo da instituição ao desenvolvimento argentino. "O CAF participou na reabilitação e na construção de mais de mil quilômetros de estradas, estudos de pré-investimento rodoviários e ferroviários, e o fortalecimento institucional dos órgãos executores".
O segundo acordo assinado, de USD 150 milhões, é para o Programa de Infraestrutura de Saneamento do Norte Grande, o qual tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento econômico sustentável de tal região através da construção de infraestruturas de água potável e saneamento.
Por outra parte, o Programa de Desenvolvimento Integral do Setor Espacial Nacional Fase I (CONAE), para o qual o CAF contribuiu USD 70 milhões, visa desenvolver a capacidade científica e técnica argentina e aumentar a produtividade e a competitividade do país.
Também foram destinados USD 50 milhões para o Programa de Satélite Geoestacionário Argentino de Telecomunicações (ARSAT), projeto que envolverá a concepção, a construção e o lançamento de uma frota de três satélites geoestacionários. Isso permitirá que a Argentina coloque seus próprios satélites em órbitas geoestacionárias que oferecerão toda a gama de serviços que a indústria oferece atualmente. Ao mesmo tempo, reafirma-se a soberania argentina através da preservação de suas posições orbitais, o que é uma prioridade deste país-membro do CAF.
Com relação ao Projeto de Extensão da Vida Útil da Central Embalse, o mesmo contribui para a diversificação da matriz energética, melhorando assim a qualidade de vida de cerca de 3,5 milhões de pessoas, as quais desfrutam do serviço gerado por esta Central e favorecendo o desenvolvimento da ciência e da tecnologia na Argentina.