Trabalhando para redução de 70% da pesca incidental de tartarugas
Um estudo de viabilidade da mudança da frota pesqueira artesanal e de seu sistema é o primeiro passo para proteger os ecossistemas e garantir o sustento dos pescadores
Estudos de viabilidade técnica e econômica estão sendo
realizados para mudar o sistema de palangre que vai determinar como
pescar de uma maneira mais eficiente, sem diminuir a produtividade
e, ao mesmo tempo, proteger o meio ambiente, especialmente as
tartarugas marinhas, que é a espécie mais afetada pela pesca
indicental.
O estudo realizado pela organização ambiental WWF, articulado com
uma iniciativa do Estado equatoriano, em colaboração com a
Federação Nacional das Cooperativas Pesqueiras Artesanais do
Equador (FENACOPEP), que reúne 4.000 embacações do país. O CAF -
banco de desenvolvimento da América Latina - financia as
consultoris e estudos do programa.
A pesca com palangre estende uma linha, que pode ter vários
quilômetros, com vários anzóis do tipo "J" para capturar atum,
peixe agulha e outros peixes. No entanto, este método também
captura presas indesejadas, que ficam presas na rede e são
descartadas já mortas.
Entre este tipo de pesca indicidental estão as tartarugas
marinhas, os peixe-espada, e a nível mundial, cerca de 4 milhões de
tubarões por ano. A organização WWF está incentivando o uso de
anzóis circulares para substituir os do tipo "J", para assim
reduzir em 70% as capturas incidentais de tartarugas e outras
espécies.
Envolvido nesta iniciativa, o Governo nacional eliminou a tarifa
de 30% para os anzóis circulares. A WWF treina e assessora os
pescadores para melhorar as práticas e substituir as embarcações e
os equipamentos que afetem as espécies não desejadas.
Os resultados deste programa podem ser replicados em outros países da América Central e da América do Sul a fim de melhorar a qualidade de vida de seus habitantes e proteger os ecossistemas marinhos dos quais dependem economicamente.