Guayusa: comércio orgânico, comércio justo
Falar da guayusa já não é apenas falar de uma planta nativa da Amazônia equatoriana. É falar de produção, de associação, de integração, de comércio e de uma nova fonte de renda para mais de 2.000 produtores kichwas.
"As pessoas já não veem a guayusa como a árvore pequena que
tinham para tomar café da manhã; agora a veem como uma
opção de negócio, como uma fonte de renda para sua
família", diz Juan Pablo Chiriboga, Coordenador Geral da RUNA, que
se dedica a facilitar o desenvolvimento sustentável e a
preservação cultural das comunidades indígenas através do
plantio, cultivo e venda da guayusa.
Em um processo de três anos, mais de 170 comunidades
aderiram ao projeto, o que lhes permitiu receber
treinamento em assistência técnica e de qualidade para o cultivo
através de sistemas agroflorestais sustentáveis, evitando a
monocultura.
Para Elías Alvarado, responsável da área de campo, o objetivo do
projeto visa fazer com que a guayusa seja um cultivo principal para
o agricultor devido à alta demanda do produto, e assim garantir que
as comunidades tenham um melhor nível de vida.
É que a guayusa cativou os mercados dos Estados Unidos e
Canadá, a tal ponto que a demanda projetada para este ano
é de mais de 20 mil libras por mês, o que, sem dúvida, irá
beneficiar os produtores que contam com um contrato que garante a
compra de 100% da folha que se produz.
O próximo objetivo, além de continuar a crescer no mercado
norte-americano, será introduzir o consumo no Equador através do
produto final embalado em saquinhos de chá.