Mais de 3.300 indígenas que vivem em situação de pobreza já se beneficiam do programa de turismo rural comunitário “RUTAS”
Em apenas um ano e meio, 15.673 turistas participaram desta iniciativa que permite a aproximação intercultural em primeira mão entre os turistas e os membros das comunidades rurais que visitam.
Através do programa "RUTAS", a Fundação CODESPA e o CAF - Banco de Desenvolvimento da América Latina - contribuem com o desenvolvimento econômico das comunidades indígenas da Bolívia, do Equador e do Peru.
Especial, XX de setembro de 2013 - Consciente de que o turismo é
um catalisador do progresso e do crescimento para os países, a
Fundação CODESPA, em parceria com o CAF - Banco de Desenvolvimento
da América Latina, realiza o programa de turismo rural comunitário
"RUTAS" na Bolívia, no Equador e no Peru.
O programa "RUTAS" oferece pacotes turísticos administrados pelos
próprios membros das comunidades indígenas a fim de promover a
geração de renda adicional e de melhorias em suas condições de
vida. Para isso, a CODESPA e o CAF oferecem treinamento e
assistência técnica a estes empreendedores para que o serviço que
ofereçam aos visitantes cumpra com os padrões de qualidade
reconhecidos pelo mercado turístico.
No último ano e meio, 15.673 pessoas escolheram participar de
viagens que contribuem para o desenvolvimento dos povos indígenas.
O turismo comunitário é uma tendência crescente que ganha um
interesse especial graças à celebração do Dia Mundial do Turismo,
que é comemorado no dia 27 de setembro.
Desde janeiro de 2012, quando começou a funcionar o projeto
"RUTAS", mais de 3.300 indígenas carentes foram beneficiados ao
realizar serviços turísticos como fonte de renda adicional às suas
atividades tradicionais (agricultura, pecuária e comércio).
Para José Carrera, vice-presidente de Desenvolvimento Social do
CAF, o turismo surge como uma possibilidade real de contribuir para
a economia das comunidades rurais graças às vantagens competitivas
que a região apresenta nesta área. "Nossos países têm muitos
destinos turísticos naturais e históricos e o apoio do CAF para
este tipo de turismo CAF responde às oportunidades oferecidas pelos
nossos países e à demanda atual dos turistas que procuram
experiências no interior das comunidades originárias", diz
Carrera.
"Proporcionamos às comunidades indígenas uma oportunidade para ter
acesso a um trabalho sem ter que recorrer à migração, a fim de
manter suas tradições e costumes, e optar por melhores condições em
termos de infraestrutura e saneamento", explica José Ignacio
González-Aller, diretor geral da Fundação CODESPA. "Além disso,
oferecemos treinamento e assistência técnica aos microempresários e
tentamos incentivar relações comerciais para conectar pequenos
empresários turísticos com a demanda e os possíveis
visitantes".
Dos 3.380 empreendedores que se beneficiaram deste programa de
responsabilidade social, 1.050 são da etnia Aymara, na Bolívia;
1.005 da etnia afro-equatoriana, Kichwa e mestiça, no Equador, e
1.325 da etnia Quechua, no Peru. Além disso, embora o projeto seja
dirigido igualmente para homens e mulheres, 55% dos beneficiados
foram mulheres nestes primeiros 18 meses de execução do
programa.
Através da convivência das famílias indígenas com os mais de
15.000 turistas recebidos, não somente ocorreu uma aproximação
intercultural, como também se incentivou o desenvolvimento de 130
restaurantes, 46 associações de guias turísticos, 108 serviços de
hospedagem, 34 oficinas de artesanato, 17 serviços de transporte e
21 de turismo de aventura entre os três países da América Latina
que fazem parte do programa "RUTAS".